segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Origem da Maçonaria -


Os primórdios da Maçonaria são obscuros, bem como parte de sua história. Segundo a opinião quase unânime dos historiadores sérios que a estudaram , sua origem é a mais verdadeira e verossímil: ela descende de antigas corporações de mestres-pedreiros construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas na idade média.

O vocábulo Maçonaria ( em francês Maçonierie) é derivado do francês maçon, pedreiro. Qual a relação entre o pedreiro e o Maçon atual?

A Maçonarias apresenta duas fases: a primeira, operativa, e a segunda especulativa. Na primeira, os seus componentes operavam materialmente, eram trabalhadores especializados. A segunda fase é denominada especulativa, de vez que os seus adeptos são homens de pensamento.

Desde a antiguidade, os construtores que detinham conhecimentos especiais, constituíam uma espécie de aristrocacia, em meio das demais profissões. Formavam como que colégios sacerdotais. Na idade Média, os construtores de catedrais e palácios eram beneficiados, por parte das autoridades eclesiásticas e seculares com inúmeros privilégios tais como: franquias, isenções, tribunais especiais, etc. Daí a denominação francesa de franc-maçon traduzida como pedreiro-livre. A arquitetura constituía então, a Arte Real, cujos segredos eram transmitidos somente àqueles que se mostrassem dignos de conhecê-los. Havia entre aqueles construtores como que um Ideal, a construção de uma obra suprema, mediante um trabalho constante. Seria o Templo Ideal.

Os pensadores e alquimistas da época, combatidos pelos espíritos menos esclarecidos, perseguidos, buscavam refúgio entre os pedreiros livres, capazes de protegê-los pelos privilégios que tinham. Eram alguns aceitos. Daí a denominação der Maçons Aceitos em contraposição a Maçons Antigos, os construtores.

Claro que nem todos podiam ser aceitos. Faziam sindicâncias e apenas alguns eram admitidos, porém depois de submetidos a uma série de provas que constituíam a iniciação. Os iniciados juravam guardar segredo dos ritos e respeitar as regras.

No séc. XVI, aumentou consideravelmente o número de Maçons Aceitos, com predominância para os Rosa-Cruz ingleses, entre eles, Elias Ashmole, alquimista, que ingressara com um grupo de amigos, teólogos em 1646. A partir daí, por iniciativa dos novos membros, organizou-se uma sociedade, cujo objetivo era a construção do Templo de Salomão, templo ideal das ciências.

Elias Ashmole obteve permissão para que a sociedade realizasse suas reuniões no Templo Maçônico. De pouco em pouco, os elementos precedentes da Fraternidade Rosa Cruz (Instituição secreta que presumidamente dedicava-se ao estudo do esoterismo, alquimia, teosofia e outras ciências ocultas) passaram a preponderar na Maçonaria, introduzindo nela muito de seus símbolos. Alteraram os rituais, sobretudo a parte referente à iniciação.

Primitivamente havia na hierarquia maçônica apenas os graus de aprendiz e companheiro, pois que o Mestre era somente o encarregado da direção de uma construção.

Em 1664, foi criado o grau de Mestre por Elias Ashmole, formando assim a base definitiva das hierarquia maçônica. Posteriormente, a Maçonaria tomou grande impulso na Inglaterra quando operou-se grande transformação orientada por Jacques Anderson, presbítero londrino, diplomado em filosofia, e Desagulliers, de origem francesa, grão mestre inglês, eleito em 1719. A partir de então passou a Maçonaria a desenvolver tendências para instituição filantrópica.

Em 1723 foi aprovado o Livro das Constituições maçônicas, revisto por Jacques Anderson. Sendo chamado de Constituição de Anderson, tornou-se em pouco tempo a Carta da maior parte das lojas. Propagavam uma doutrina sobretudo humanitária, deísta espiritualista, aberta a todos os cristãos, qualquer que fosse a sua seita, e leal aos poderes públicos.

Esta origem, ligada aos construtores da era medieval explica o porque da simbologia maçônica estar toda ela relacionada ao tema construção. Seus símbolos mais conhecidos, até mesmo pelo observador mais desatento, são os instrumentos do pedreiro: o esquadro, o compasso, o prumo, a régua, o nível, etc.

Todo Maçon está imbuído no propósito da construção: construção do templo da virtude e da verdade, construção de si mesmo, de seu caráter e de sua personalidade. Construção de um mundo melhor.

Fontes consultadas: Sociedades Secretas (A. Tenório de Albuquerque)
Extraído de: PAEL-GOEMG-GOB

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

ENSAIO: CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE RITUAIS - CONCEITUAÇÃO


Por:José Eduardo Stamato, M.I.
ARLS Fraternidade Universitária de Santo André nº 3417 (Rito Moderno) – GOSP - GOB, Brasil


RITO -  cerimônia ou conjunto de regras cerimoniais de uma religião; culto; seita; quaisquer cerimônias; procedimentos; transmitem instrumentos e ensinamentos esotéricos, toques, palavras para perfeita identificação e cultura maçônica fechados e de uso individual para cada grau.
RITUAL – relativo a ritos; cerimonial; livro que indica os ritos ou consigna as formas que se devem observar na prática de uma religião; formalismo previamente estabelecido. 
RITUALISMO – conjunto de ritos; apego a cerimônias ou formalidades.
MODERNO – dos tempos mais próximos de nós; dos nossos dias; recente; atual; hodierno.

O que pretende um Ritual? Qual sua finalidade? O que é um Ritual?

Embora sempre damos uma conotação mágica a qualquer Ritual, na realidade sua função é permitir a compreensão de certas Leis Naturais utilizando procedimentos dinâmicos que por sua constante repetição acabam estimulando potencialidades latentes em nossa psique despertando em nosso interior energias latentes, mas adormecidas.

Se retrocedermos historicamente nossas atenções a todos que se empenharam na criação de Rituais que pudessem preservar ideais e princípios que elevassem a humanidade a um grau de fraternidade e convívio superiores ao simples existir e a sobrevivência a qualquer custo, vemos que essa criação de sistemas, essa observância ritualística (artificial), está sempre subordinada à vida interior tendo como parâmetro a natureza e seus ciclos evolutivos. Portanto, a simbologia e os rituais foram organizados para chamar a atenção do homem para o ritmo cíclico de toda manifestação de vida no planeta levando-o a compreender que há uma criação ordenada que se impõe direcionando-o a um aspecto interior, espiritual da vida.

No passado, mentes brilhantes  preocupadas em manter aceso o conhecimento que transcendia o comum das pessoas e da própria época em que viviam, operacionalizaram essas verdades de uma forma que fixasse padrões de comportamento, expressões e atitudes, que pudessem ser transmitidos, revelados e fixados. Utilizaram-se de lendas, símbolos, sinais e palavras que pela sua força natural, não perderiam seu significado através do tempo e  seriam compreendidos e assimilados interiormente. 

Essa preservação das verdades maiores, da Tradição expressa pela simbologia e rituais dependeu do grau de declínio de uma determinada época e pelas condições de vida dos grupos que constituíam seus ambientes.

O ritual e toda simbologia foram de tal forma elaborada e trabalhada, com tal arte e primor que seja qual for à dinâmica de ação, do Rito, em qualquer aspecto que se considere, traduz e procura representar ideais humanos a serem alcançados e espargidos para toda a humanidade. As Instituições exotéricas (constituídas) são “sinais” de realidades internas  (esotéricas, íntimas). Toda Tradição é apenas o testemunho de verdades anteriores a livros e organizações. Se agruparmos as mais variadas Tradições, elas mostram (ou anunciam) uma analogia e constatam a existência de um tronco comum.

Historicamente, o que tem gerado a constituição e formação de modelos voltados à preservação de ideais nobres e comportamentos adequados ao convívio familiar e social, procurando manter um grau de fraternidade é:
- lembrar aos homens que  existe uma Fraternidade de Almas;
- compreender que há sempre um fluxo evolutivo / involutivo de manifestação e uma permanência fixa e inalterável que gera esses ciclos;
- manter um respeito para com aqueles que zelam, divulgam e preservam ideais e comportamentos nobres e elevados;
- levar os homens a abandonar sua pretensão orgulhosa de querer transformar o Universo segundo sua comodidade pessoal e convencê-los a transformar sua própria personalidade voltando-se ao Todo, à noção de que há um Criador e uma Humanidade a ser preservada.
A simbologia expressada em nossos Templos tem sido modificada periodicamente. Isso se constitui um afastamento do que no passado nossos antecessores queriam representar, mostrando que as mudanças  operadas refletem um grau de desconhecimento de história e dos símbolos. Presenciamos e praticamos os rituais, mas não o estudamos. 

Toda a simbologia maçônica tem se constituído um meio de preservar nossos ideais, nossa filosofia, nossos princípios para as futuras gerações (hoje, nós!). Os símbolos indicam uma ordem, uma harmonia, a unidade do homem, do Universo, da Criação, a similaridade do macro e microcosmo. Essa herança esotérica-cultural tem sido transmitida pelas épocas e de uma região para outra, conseguindo carregar toda a carga cultural dos diversos períodos históricos sem perder sua identidade e filosofia. Sua filosofia não se adapta, é permanente, pois baseia-se em princípios que constituem e mantém o homem em convívio permanente procurando elevar e dignificar a humanidade.

Todo Rito é carregado de sentido. A modernização –quando vem a ocorrer- de um Rito, é um contra-senso: o  “arcaísmo”, ao invés de ser um defeito, representa a garantia de um longo passado.

O ritual, a ordem, a disciplina, decorrem de atitudes internas e acabam emergindo no cotidiano. Como e.g., uma empresa, uma fábrica, um pequeno grupo de trabalho, que mantém um ritmo adequado de funcionamento (rotina), poderá gerar uma maior integração e rendimento que outro carente dessa sintonia. Para que tal aconteça, todos os integrantes ou participantes devem necessariamente engajar-se no procedimento ritualístico. 

Toda natureza nos mostra disciplina e ordem que podemos traduzir como “rituais”, pois são repetitivos. O percurso do Sol, as modificações estelares, as estações do ano, as migrações de pássaros e animais... nos mostra uma expressão da natureza, uma ordem universal, uma ritualística. Toda natureza segue um ritmo cósmico, apenas o homem –o único com livre-arbítrio- pode opor-se a essa ordem. Quando segue esse ritmo, alimenta a disciplina espontaneamente convergindo sua existência a um equilíbrio maior, seguro e mais duradouro.

Toda instrução intrínsica nos Rituais e sua disciplina, em todas as etapas, são direcionadas (ou deveriam ser) à formação de um tipo de caráter ou comportamento definido. Não importa quais sejam as diferenças ou variações na qualidade ou quantidade cultural de um aspirante à Maçonaria, o tipo de caráter ou comportamento que se deseja é sempre o mesmo em qualquer Rito. Isso tem marcado de maneira visível e impressiona pelo fato de que todos os detalhes ritualísticos são direcionados de uma forma inteligente e firme para uma mudança, e se assim não for, para uma profunda reflexão sobre nossa existência e o que estamos fazendo como seres temporários deste Planeta.

A Filosofia Maçônica é uma testemunha muito antiga de organizações (instituídas ou não) culturais, morais, filosóficas e espirituais, cujas raízes remontam a civilizações de um passado longínquo, sendo um acervo das descobertas e experiências humanas reconhecidas pelo intelecto em suas diferentes épocas. É importante observar que o assunto primordial não é a Ordem Maçônica, este ou aquele Rito, ou aquele grupo de estudos, mas a verdade que ela representa, e a capacidade do estudante em distinguir entre a Verdade, a verdade parcial e a falsidade.

As deficiências da sociedade refletem o estado de consciência das pessoas que a constituem. Os problemas não estão nas dificuldades materiais que o mundo externo nos impõe, mas nas limitações de nossa mente. Ao profano que ingressa na Ordem é esperado uma mudança no nível da consciência, no seu modo de encarar a vida, na moral, que será o resultado da vivência do Ritual levando-o a uma interiorização e não simplesmente da aceitação plena e tácita do sistema ou doutrina conceitual.

Compreendemos que os Rituais tem se perpetuado não por inércia, mas porque correspondem a uma exigência lógica e regulamentada ditada pela experiência. Vemos uma Maçonaria realmente construtora, pois, sua função é fundamentar os princípios morais para uma humanidade esclarecida, harmonizada com o Universo e suas Leis – pois somos o Todo e cada uma de suas partes. Esses princípios são baseados em Leis maiores, superiores  que se tem manifestado aos homens, de formas diferentes através das épocas, e nos parece, apreendida conforme o grau de consciência vigente em seu período histórico.

Todo esse conhecimento e sabedoria, foi inserido com extrema habilidade pelos “artesãos da mente” no interior dos nossos Templos, através de toda simbologia expressa nos “ornamentos” do Templo e em nossos rituais. Como exemplo temos a Iniciação, que deriva do latim “initium” significando “começo”, um meio ou processo de compreensão. O candidato recebe uma perspectiva de novos conhecimentos e orientação de vida; pode se libertar de certas concepções e crenças falsas. Simbolicamente é guiado das trevas da ignorância e introduzido na luz maior da compreensão. É proporcionado um caminho pela introdução de um simbolismo tradicional que incorpora verdades universais, mostrando uma nova possibilidade de compreensão. É uma experiência íntima! A experiência por que passa e os pensamentos que teve durante a cerimônia, provocam uma expansão da consciência, uma profunda compreensão (nem sempre consciente)  sobre a vida e os homens.

O símbolo fala ao interior e assim deve se compreendido. O uso da razão, por vezes, dificulta e restringe a compreensão de seu significado. Ela –a razão- é necessária no estudo simbólico, mas a interiorização, o conhecimento com consciência de seu significado é interior, aparece como um lampejo, é a certeza do saber.

Nos diversos Ritos prega-se um pragmatismo – por vezes exagerado - da busca pessoal não levando em consideração as diferenças individuais das personalidades, da cultura pessoal, da formação familiar ou profissional, do ambiente em que vive e se relaciona, forçando o estudo e pesquisa pela própria conta do Irmão, deixando de lado todo um acervo de conhecimento e orientação objetivos e simbólicos acumulados no tempo pelos “artesãos da mente”, pois, se esse acervo fosse organizado e compilado em forma didática, seriam elementos auxiliadores que facilitariam a compreensão da verdade e sua utilidade prática como queremos em todos os Ritos.

Todo momento resume o passado com todo seu conteúdo e contém a linha do futuro com todos os desdobramentos decorrentes. Manter o equilíbrio alcançado é continuar a evolução do indivíduo, da qual ele é a primeira e a mais sólida base para a evolução da coletividade.

Todos os Ritos dão plena liberdade de pensamento e expressão, liberdade esta que citando Teócrito de Corinto, filósofo grego do século II da era vulgar dizer que podem privar um homem de seus sentidos, mas o direito de pensar está acima das violências e das repressões. Não há abuso mais abominável do que o desejo de controle sobre o pensamento, já que não se caracteriza como um crime contra a pessoa, mas sim contra uma espécie, uma vez que o pensamento  é o atributo distintivo da espécie humana. É um crime que ficou sempre no terreno das tentativas e pelo fato de não se consumar, não quer dizer que não se caracterize a criminalidade. Só na hipótese de se tentar sufocar o pensamento de um semelhante, o autor comete um crime contra todos e contra si mesmo, porque em primeiro lugar, tolhe uma oportunidade de expressão e em segundo, pode bloquear uma verdade pelo motivo de que talvez não venha a lhe agradar. 

Encerramos este ensaio com um conto de Chuang-Tzu, escritor taoista cuja existência se deu por volta de 350 a.C.: “O Duque de Hwan e o Fabricante de Rodas”.

“O mundo valoriza os livros, e acha que, assim fazendo, está valorizando o Tao. Mas os livros apenas contem palavras. Apesar disso, algo mais existe que valoriza os livros. Não apenas as palavras, nem o pensamento das palavras, mas sim algo dentro do pensamento, balançando-o numa certa direção que as palavras não podem apreender. Mas são as próprias palavras que o mundo valoriza quando as transmite aos livros: e, embora o mundo as valorize, estas palavras são inúteis enquanto aquilo que lhes der valor não é honrado.

O que o homem apreende pela observação é apenas forma e cor externas, nome e som; e ele crê que isto o colocará de posse do Tao. A forma e a cor, o nome e o som não atingem a realidade. Daí a explicação de que: “Aquele que sabe não diz, aquele que diz não sabe” . Como irá o mundo, então, conhecer o Tao por meio de palavras?

O Duque Hwan, de Khi, o primeiro da dinastía, sentou-se sob o pálio lendo filosofia;
E Phien, o carpinteiro de rodas, estava fora, no pátio fabricando uma roda. Phien pôs de lado o martelo e a entalhadeira, subiu os degraus, e disse ao Duque Hwan:
“Permiti-me perguntar-vos, Senhor, o que estais lendo?”
Disse-lhe o Duque: “Os peritos. As autoridades.”
E Phien perguntou-lhe: “Vivos ou mortos?”
“Mortos há muito tempo.”
“Então”, disse o fabricante de rodas, “Estais lendo apenas o pó que deixaram atrás.”
Respondeu o Duque: “O que sabes a seu respeito? És apenas um fabricante de rodas. Seria melhor que me desses uma boa explicação, senão morrerás.”
Disse o fabricante: “Vamos olhar o assunto do meu ponto de vista. Quando fabrico rodas, se vou com calma, elas caem, se vou com muita violência, elas não se ajustam. Se não vou nem com muita calma, nem com muita violência elas se adaptam bem. O trabalho é aquilo que eu quero que ele seja. Isto não podeis transpor em palavras: tendes apenas de saber como se faz. Nem mesmo posso dizer a meu filho exatamente como é feito, e o meu filho não pode aprender de mim. Então, aqui estou, com setenta anos, fabricando rodas, ainda! Os homens antigos levaram tudo o que sabiam para o túmulo. E assim, Senhor, o que ledes é apenas o pó que deixaram atrás de si.”


Fonte: http://www.maconaria.net

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Retorno aos Trabalhos


A Augusta e Respeitável  Loja Simbólico Astro Rey nº 41 retoma seus trabalhos hoje, dia 21 de Janeiro de 2011 A.·. V.·.. A administração desta deseja a todos um ótimo retorno aos trabalhos, com a certeza de que neste Ano nossa querida loja fará diferença, trazendo uma extensa programação social.

Um bom trabalho a todos e que o G.·.A.·.D.·.U.·. nos guie nesta nova empreitada!
T.·. e F.·. A.·.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

NÚMEROS E IMPRESSÕES DA MAÇONARIA MUNDIAL E REGIONAL

Pelo Irmão Marcos Hans
Loja Tradição Justiça e Liberdade 179 GLMERGS Porto Alegre RS
North Eureka Shore #269, Grand Lodge of Florida, US.

Com muita facilidade, pesquisando na internet, se chega à conclusão da existência de seis milhões de filiados à Maçonaria dita Regular. Sendo quatro milhões nos Estados Unidos e o restante pelo mundo.
Também com certa facilidade, na internet e outras fontes se chega à conclusão que o numero atual é menor. Bem menor. Neste texto você vai conhecer alguns números da maçonaria mundial, do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, baseado em fontes citadas no final deste texto, assim como planilhas para melhor visualização dos mesmos e também números sobre os graus superiores (REAA e Real Arco) nos USA, Inglaterra e Brasil e algumas impressões de visitas, entrevistas e participação em sessões maçônicas.
Em primeiro lugar, o número total de membros atinge o total de 3,6 milhões de membros, sendo 1,5M nos USA, 250 mil na Inglaterra, 170 mil no Brasil e o restante do mundo. Nos Estados Unidos da America o total é de 1,5 milhão, número que este que já chegou a 4 milhões em 1965. Destaca-se a Grande Loja da Philadelphia com aproximadamente 130 mil filiados.. No berço da Maçonaria, a United Grand Lodge of England (UGLE), o numero atual é de 250 mil. O restante se localiza em diversos países, entre os quais o Brasil com 176 mil filiados entre as três potências regulares. Vide gráfico número 1. Nos Estados Unidos existem 51 Grandes Lojas que abrangem estes 1,5 milhão. Numero Idêntico de Grandes Lojas da Prince Hall, (PHA) para Afros Americanos. O número de maçons Afro americanos é de aproximadamente 150.000 em todo pais. Existe lá também um divisão na Prince Hall.

Em segundo lugar, nos altos graus nos Estados Unidos, o número no Rito Escocês que abrange dos graus 4 ao 32 é de 585.000. No Real Arco o número atinge 285.000. Na maioria são os mesmos irmãos. Isto dá em média um percentual de 39 % que freqüentam os altos graus. Na Inglaterra o percentual é de 20% sendo o maior numero, 90%, no Real Arco e 20% no Rito Escocês, mas também, na maioria são os mesmos irmãos.No Brasil,os dados são de mais difícil obtenção. No Supremo Conselho do Grau 33, de Jacarepaguá o numero é 32000, sendo 600 no RS.

O Supremo Conselho do RS, o número é 2443 em marco de 2007. O Real Arco, novo no Brasil, carta constitutiva de 2001, o número chega a 2000. Este Supremo aceita MM das três potencias regulares e de todos os ritos. A sede é no Rio de Janeiro e tem capítulos em Porto Alegre.Precisa-se tomar nota da diferença entre o Real Arco Americano e o Arco Real Inglês. O primeiro é independente, como o Rito Escocês e na Inglaterra é uma continuação do Simbolismo. O Arco Real foi um dos motivos da desavença inicial antes da união em 1813, entre as duas Grandes Lojas rivais na época.

Em terceiro lugar, no Brasil o número de obreiros é de aproximadamente 172.630 sendo 82400 da CMSB,(Confederacao da Maconaria Simbolica do Brasil), 58400 do GOB(Grande Oriente do Brasil) e 31380 da Comab. (Confederacao Maconica do Brasil).Note-se que na Comab o Rio Grande do Sul (Gorgs)-Grande Oriente do Rio Grande do Sul, representa 25%.
E em quarto lugar, no Rio Grande do Sul, o total de obreiros chega ao número de 14.510 sendo 7800 do Gorgs, 5609 da Grande Loja e 1101 do GOB. Vide média de obreiros por loja nas planilhas. Não está considerado nestes números, a maçonaria feminina, mista e outras potências não reconhecidas, cujos números não são expressivos.

Faz-se necessário mencionar aqui a particularidade da Maçonaria Brasileira, hoje dividida em três potencias, já mencionadas, que se reconhecem entre si, por tratados de amizade em quase todo pais. A variedade de ritos praticadas abrange- REAA Rito Escoces Antigo e Aceito, Rito Adohniramita,Rito Brasileiro, Rito Schroeder,Rito York, Rito Moderno ou Frances.

Na maçonaria Americana percebe-se muita informalidade nas reuniões e muita seriedade nas questões financeiras. Especificamente a loja que visito, Eureka North Shore 269 –Dania Beach –Flórida, tem 220 membros. Em sessões normais, duas por meses, a presença gira em torno de 15 membros. As falas no ritual são decoradas. Cada obreiro, aprendiz, companheiro e mestre deve fazer o tema de casa, ou seja, saber decorado o catecismo do grau e as falas do ritual em loja, caso seja oficial. Nos altos graus, tanto do Rito Escocês ou Real Arco, a obtenção de graus acontece em reuniões de um, dois ou três dias, onde os dramas dos graus são apresentados. O Rito Escocês, Scottish Rite, tem aproximadamente 300 centros nos USA, com grandes auditórios para a apresentação dos graus. Conheci o Miami Scottish Rite, Valley of Miami. O Real Arco tem aproximadamente 5600, entre capítulos, conselhos crípticos e Acampamentos Templários. O Rito Escocês é dividido entre duas jurisdições. Os Supremos Conselhos do Norte (15 estados) e o Sul (35 Estados) que é considerado o Supremo Mãe, fundado em 1801 na  Carolina do Sul, no qual o General Albert Pike teve um papel fundamental em sua organização administrativa e ritualística, a qual se reflete em quase todos os supremos do mundo. Importante fazer constar que no Grau 32 é ensinado ao candidato EQUILIBRIO na jurisdição sul e FIDELIDADE na jurisdição norte.

A filantropia tão falada que os Maçons americanos praticam é verdadeira. Como? Existe um fundo com mais de 100 anos de idade cujos rendimentos pagam as contas dos hospitais mantidos pelos Shriners , hoje aberto a todos os mestres maçons, com o objetivo de diversão e filantropia. Recebe muitas doações, de testamentos. Isto significa que o fundo continua aumentado.

Na Inglaterra os altos graus que são inúmeros. Para se ter uma idéia melhor, o Livro Além da Maçonaria
Simbólica de Keith B.Jackson (Madras) é esclarecedor. Entretanto, os mais praticados são o Rito Escocês e Real Arco. Vide planilha.O sistema é idêntico ao do Brasil, ou seja Grau por Grau, sendo alguns por comunicação e os principais dramatizados. Tanto nos USA como na Inglaterra, chegar ao grau 33 é outro capítulo. Serviços relevantes, dedicação, presença. Na Inglaterra, para se chegar ao Grau 33, somente no caso do Dead man shoe, (sapato do homem morto), ou seja, quando alguém do conselho for visitar definitivamente o Grande Arquiteto do Universo. A formalidade nas reuniões é diferença básica comparando-se com os Estados Unidos. Na sessão que participei (Loja Neptune n# 22 fundada em 1757), percebi este formalismo. Todos com terno. As autoridades com fraque. Na sessão que participei foi o aniversário desta loja com iniciação do filho do V. M.:, no rito Stability e com a presença do segundo em Comando da Ugle, ou seja o The Most Worshipful Pro.Grand Master M.W. Bro. The Marquees of Northampton. Esta autoridade, foi anunciado e entrou no templo principal no Freemason Hall acompanhado pelo seu próprio mestre de cerimônia.
Sobre o Templo principal no Freemason Hall, é interessante registrar que ele é usado somente para cerimônias especiais e é também locado para empresas, seminários, filmagens com o objetivo de fazer caixa. É a realidade também em templos americanos. Reflexo da queda de membros, conforme gráficos.
Também é interessante registrar que a maioria das lojas, na Inglaterra se reúne quatro vezes, ao ano. Sim, ao ano e não ao mês como acontece no Brasil. Exceções de lojas que se reúnem 10 vezes ao ano. A Quatuor Coronati Lodge n# 2076, loja de pesquisa fundada em 1884, conta atualmente com 6500 membros correspondentes, sendo 3000 na Inglaterra, 700 nos USA, mais ou menos 60 no Brasil e os restantes espalhados pelo mundo. Os membros efetivos são 40.

Resumindo e finalizando.

Para um entendimento da grandeza da maioria, tanto em números como em filosofia e doutrina, é necessário conhecer um pouco de onde e como ela surgiu, independentemente de qual teoria, da transição dos operativos para os não operativos, da simples formação de uma fraternidade para promoção da tolerância e da religião ou outra e da Maçonaria Americana que é maior em número, em filantropia, em organização, para com isto compreender melhor o acontece ao nosso redor, aqui em casa e eventualmente poder tomar ou sugerir alguma ação para a sobrevivência, fortalecimento da nossa querida Ordem. O que me fascina na Maçonaria e a diferencia de outras organizações, fraternidades, clubes, é a Ritualística, com a linguagem congelada do século XVI, e a mística que envolve sua existência. Mark Tabbert, em seu livro American Freemason: Three Centuries of Building Communities, capturou as muitas dimensões de uma reunião maçônica: Uma loja maçônica pode ser: 

  • Uma organização espiritual quando se invoca orações e pede a benção de seu Deus para seus trabalhos.
  • Uma organização de trabalho quando ensina a um novo membro o simbolismo das ferramentas usadas pelos maçons do passado.
  • Uma escola de instrução quando um irmão apresenta trabalhos sobre as sete artes, sobre as instruções dos manuais e livros estudados.
  • Uma organização de teatro amador quando apresenta as iniciações.
  • Um clube social quando homens se reúnem para jantar e conversar.
  • Um clube de caridade quando ajuda a irmãos, a comunidade.
  • Uma associação de negócios quando membros interagem com seus negócios.
  • Torna-se uma família quando pais e filhos, estranhos e amigos se reúnem e todos se chamam de irmãos. E ainda um trecho do livro de Albert Pike, (Morals and Dogma) escrito em 1865. A maçonaria é útil para quase todos.
  • Para os iniciantes, precisando e procurando cultura, importantes instruções.
  • Para os Jovens, conceitos salutares e bons exemplos.
  • Para o homem adulto e maduro, oferece nobres recreações e instruções.
  • Para o viajante, proporciona fazer amigos em qualquer parte do mundo.


quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

RELAÇÃO DE ILUSTRES MAÇONS (ESPECULATIVOS) DA HUMANIDADE


pelo Ven.Irmão Ethiel Omar Cartes González
Loja Guatimozín 66
Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo (Brazil)



O objetivo desta relação é para dar a conhecer todos aqueles maçons que, em diferentes atividades, promoveram o desenvolvimento da Humanidade, ultrapassando as fronteiras da sua própria nação, e receber as homenagens e a admiração de todos nossos Irmãos. Aclaramos que nossa relação não está completa.



ALDRIN JR, EDWIN EUGENE (1930- ) - Astronauta norte-americano, membro da Loja Clear Lake No 1417, Texas, e dos Corpos do Rito Escocês. Na Lua, no Mar da Tranqüilidade, Aldrin fincou a bandeira com o emblema da Loja Azul, em 20 de julho de 1969 (Fonte: Who's who in America), edição 76/77)

ALLENDE GOSSENS, SALVADOR (1909-1973) - Presidente do Chile, neto do Dr. Ramón Allende Padín que foi o 7o Grão Mestre da Grande Loja do Chile. Salvador Allende foi Venerável Mestre da Loja Hiran No 65, Santiago.

ARANDA, PEDRO PABLO ABARCA DA BOLEA, Décimo Conde de (1718-1798) - Primeiro Ministro de Carlos III da Espanha. Foi iniciado na Prússia; primeiro Grão Mestre da Ordem na Espanha. Em 1765 foi eleito Grão Mestre da Grande Loja Mãe da Franco-Maçonaria Espanhola, emancipando-se da Grande Loja da Inglaterra. Iniciou Francisco de Miranda na Ordem.

BAILLY, JEAN SYLVAIN (1736-1793) - Astrônomo e político da Revolução Francesa. Membro da Loja Les Neuf Soeurs (As nove irmãs) em París.

BARTHOLDI, FREDERICO AUGUSTE (1834-1904) - Artista francés, escultor da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque. Foi iniciado na Loja Alsace-Loraine, París, em 1875. Em 8 de setembro de 1884 mostra a estátua à seus irmãos antes de ser enviada para New York. O pedestal em que descansa a estátua foi erigido pela Grande Loja de New York.

BEAUMNOT, WILLIAM (1796-1853) - Médico norte-americano, criador da Fisiologia. Mestre da Loja Harmony, de Champlain, NY, em 1820. Membro da Mark Master Mason Lodge, de Plattsburg, New York.

BEETHOVEN, LUDWIG VAN (1770-1827) - Músico alemão. Conforme a revista Cadernos Maçônicos, publicada em fins de 1968 pela Grande Loja da França, Beethoven foi iniciado na Loja A Beneficência, em Viena, mas não existem documentos em arquivos. A Revista A Verdade (GLESP, São Paulo) de março de 1985 informa que foi iniciado em Bonn. Para a maioria dos estudiosos, Beethoven não foi maçom mas é reconhecida por todos a simpatia que ele tinha pela Ordem.

BERLIN, IRVING (1888-1989) - Músico norte-americano. Membro da Loja Munn No 190, New York.

BLASCO IBÁÑEZ, VICENTE (1867-1928) - Escritor e político espanhol. Era maçom dos mais ativos.

BLÜCHER, GERHARD LEBERRECHT VON (1742-1819) - Marechal alemão, decidiu a batalha de Waterloo contra Napoleão. Iniciado em 1782 na Loja pomerana Augusta Da Coroa de Ouro.

BOLÍVAR, SIMÓN (1783-1830) - Libertador de Venezuela, Colômbia, Equador e Perú. Há historiadores que dão a sua iniciação em Cádiz (1803); a Revista A Verdade de dezembro de 1980 confirma esta versão. A Revista Elite de Caracas, publicou em 1956 uma cópia fotostâtica de uma Ata de 11 de novembro de 1805 de uma Loja de Paris aumentando o grau do Irmão Simón Bolívar, documento obtido na Europa pelo escritor venezuelano Ramón Díaz Sánchez. Existe uma terceira versão segundo a qual sua iniciação e exaltação foram realizadas na Venezuela. Bolívar era colado no grau 33 do Supremo Conselho da Venezuela; foi Venerável Mestre da Loja Protetora das Virtudes, da Venezuela. Fundou a Loja Ordem e Liberdade N0 2 no Perú.

Apostasia maçônica de Bolívar : Existe uma confissão feita por Bolívar ao escritor maçônico Louis Peru de la Croix, oficial francês de seu exército, reconhecendo que, por simples curiosidade ingressou na maçonaria, tendo recebido o grau de Mestre em Paris, mas afastou-se posteriormente, ao verificar que "era uma associação ridícula, formada por fanáticos, mentirosos e bobos úteis, enganados". Em 25 de setembro de 1828 houve um atentado contra a vida de Bolívar, em Bogotá, e ele reage violenta e imediatamente fecha todas as associações secretas, inclusive a Maçonaria. Este ato significou seu rompimento definitivo com ela.

BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA, JOSÉ (1763-1838) - Político brasileiro. 1o Grão Mestre do Grão Oriente do Brasil, que tinha 3 Lojas e que foi a primeira potência sul-americana criada em 1822.

BORN, IGNAZ VON (1742-1791) - Geólogo alemão. Venerável Mestre da Loja Zür Wahren Eintrach. Foi imortalizado no personagem de Sarastro na ópera maçônica A Flauta Mágica de Mozart.

BURNS, ROBERT (1759-1796) - Poeta escocês. Iniciado na Loja Saint James, da cidade de Tarbolton, filiando-se, posteriormente, à Loja David da mesma cidade. Casou-se com Jeane Armour, filha de um Mestre Maçom. O irmão Burns foi membro honorário da Loja Canongate Kilwinning No 2 de Edinburgo.

BYRD, RICHARD (1889-1957) - Almirante norte-americano, sendo o primeiro homem a sobrevoar os Pólos Norte e Sul, deixando cair do avião estandartes maçônicos sobre eles. Em 1933/35 na expedição do Polo Norte fundou a primeira Loja maçônica nesse território, com o nome Antarctica No 777, sob a jurisdição da Grande Loja de Nova Zelândia.

CARNOT, NICOLÁS LEONARD SADI (1796-1832) - Físico francês (2o princípio da Termodinâmica). Membro da Loja Les Amis Incomparables, Paris.

CAXIAS, LUIZ ALVES DE LIMA E SILVA DUQUE DE (1803-1880) - Militar e político brasileiro. Foi Grão Mestre do Grande Oriente Brasileiro, em 1850.

CHIANG KAI-SHEK (1887-1975) - Militar e político chinês. Membro da Loja Pagoda, em Boston, dependente da Grande Loja de Massachussets.

CHURCILL, WINSTON LEONARD SPENCER (1874-1965) - Político inglês. Iniciado em 24 de maio de 1901 na Studholme Lodge No 1591, no Café Royal, Londres. Foi elevado e exaltado em 19 de junho de 1901 e 23 de março de 1902, respectivamente, na Rosemary Lodge No 2851, que também se reunia no Café Royal, Londres. Depois de 1912 desligou-se da Maçonaria devido a sua atividade política que lhe tomava todo o tempo.

CLEMENCEAU, GEORGE (1841-1929) - Político francês. Nas campanhas políticas foi atacado pêlos seus inimigos pela sua qualidade de maçom.

CONDORCET, MARIE JEAN ANTOINE NICOLAS MARQUÉS DE (1743-1794) Matemático francês. Membro da Loja Les Neuf Soeurs, Paris.

COOPER JR, LEROY GORDON (1927-2004) - Astronauta norte-americano. Membro da Loja Carbondale No 82, Colorado. Na viagem espacial da Gemini V, em agosto de 1965, levou a jóia oficial de grau 33 e a bandeira do Rito Escocês.

D'ALAMBERT, JEAN LE ROND (1717-1783) - Enciclopedista francês. Membro da Loja Les Neuf Soeurs, Paris.

DOLOMIEU, TANCRÈDE DIEUDONNE (1750-1801) - Geólogo e minerólogo francês, que deu o nome à "dolomita". Declarado maçom no Boletim do Congresso Internacional Maçônico de 1817.

DOYLE, ARTHUR CONAN (1824-1883) - Médico e novelista inglês, criador de Sherlock Holmes. Foi iniciado em 1887 na Loja Phoenix N 257, de Portsmouth e , em 1893, foi eleito Venerável Mestre.

DUCOMMUN, ELIE (1833-1907) - Publicista e filántropo suíço. Criador da Oficina Internacional da Paz. Prêmio Nobel da Paz em 1902. Iniciado na Loja Zur Hoffnung (A Esperança). Foi Venerável Mestre da Loja Alpina.

DUNAT, JEAN HENRI (1828-1910) - Filântropo suíço. Fundador da Cruz Vermelha Internacional. Prêmio Nobel da Paz em 1901. Iniciado na Loja Cordialité, Genebra.

EDISON, THOMAS ALVA (1847-1931) - Inventor norte-americano. Pertenceu até a sua morte à Maçonaria.

EDUARDO VII (1847-1931) - Rei da Inglaterra, filho da Rainha Vitória. Iniciado em dezembro de 1868, quando Príncipe de Gales, em Estocolmo, pelo Rei da Suécia, Carlos IX. Conforme uma tradição da Casa Real da Inglaterra, assumiu o cargo de Grão Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra desde 1875 até 1901, quando foi proclamado Rei.

FERNI, ENRICO (1901-1954) - Físico italiano. Prêmio Nobel de Física em 1938. Iniciado na Loja Lemmi, Roma, em 1923.

FICHTE, JOHAM THEOPHILO (1762-1814) - Filósofo alemão. Iniciado em Zürich. Em 1794 figura como membro de uma Loja em Rudolstadt. Editou "16 cartas a Benjamin Constant", político e escritor francês, sobre a filosofia dos maçons.

FLEMING, ALEXANDER (1881-1955) - Científico escocês, descobridor da penicilina. Prêmio Nobel. Foi membro de numerosas Lojas inglesas. Foi Venerável Mestre das Lojas "Misericórdia" No 2386 e "Santa Maria" No 2682, em 1935 e 1925, respectivamente; exerceu o cargo de Tesoureiro da Loja "Misericórdia". Em 1942 foi eleito Grão Primero Vigilante da Grande Loja Unida da Inglaterra e Grão Past Vigilante em 1948, Primeiro Grão Diretor do Capítulo "Aesculapius", Sumo Sacerdote no Grande Capítulo R\ A\ M\ e Past Presidente do Grande Capítulo dos Maçons do Real Arco de Inglaterra. Recebeu em 1953 uma distinção pelos serviços prestados à Grande Loja de Nova Iorque. Foi Cavalheiro Kadosh.

FORD, HENRY (1863-1947) - Industrial norte-americano. Foi iniciado em 1894 na Loja "Palestine" No 357, Detroit, sendo exaltado em 28 de novembro de 1894. Membro honorário da Loja "Zion" No 1 em 21 de novembro de 1928. Declarado Membro Vitalício de sua Loja Mãe em 07 de março de 1935. Recebeu o grau 33 do R\E\A\A\ em Detroit em 06 de dezembro de 1940.

FRANCISCO I, FRANZ VON LOTHRIGEN, reinou como (1708 - ) - Esposo da Imperatriz da Alemanha, Maria Thereza. Iniciado por Dessaguliers em Hagg, em 1731, sendo Príncipe Franz Esteba, sendo apresentado pelo escritor inglês Chesterfield, que naquela época era Embaixador nos Países Baixos. No Ato de Iniciação foi elevado a Companheiro. Nos meses seguintes desenvolveu intensa atividade maçônica, sendo-lhe conferido o Grau de Mestre em uma Loja de Norwich.


FRANKLIN, BENJAMIN (1706-1790) - Físico e político norte-americano. Iniciado em 1731 em Pennsilvania. Venerável Mestre da Loja de Philadelfia. Foi várias vezes Grão Mestre da Grande Loja de Pennsylvania. Dirigiu a primeira edição da Constituição de Anderson nos EEUU em 1734. Atuou como Experto na Iniciação de Voltaire, na Loja "Lês Neuf Soeurs", Paris.

FREDERICO II o GRANDE, FREDERICO DE HOHENZOLLER (1712-1786) - Imperador da Alemanha, Rei da Prússia. Foi iniciado em 14 de agosto de 1738 na Loja "Absalão" de Hamburgo ou em uma Loja de Brunswick. Fundou uma Loja no Castelo Real de Rheisberg e, outra com o nome de" Os Três Globos" em Berlim. Desde 20 de junho de 1740, e durante muito tempo, foi Venerável Mestre da Loja "Charlotenburgo" e Grão Mestre da Ordem na Alemanha. É atribuído a ele a reforma das Grandes Constituições Maçônicas do Rito Escocês Antigo e Aceito. Em 1740 inicia na Ordem seu irmão Wilhem na Loja "Charloltenburgo". Em 16 de julho de 1774 aprova o Tratado entre as Grandes Lojas de Inglaterra e Prússia.

FREDERICO III (1831-1888) - Imperador da Alemanha. Iniciado em 1853. Ao ser inaugurado em Berlim a Loja "Royal Arch", levantou um brinde em homenagem ao seu pai, empunhando o malhete que pertenceu a Frederico o Grande. Foi declarado membro honorário de outras duas Grandes Lojas. Morreu três meses depois de ter subido ao trono.

FULTON, ROBERT (1765-1815) - Inventor norte-americano. Alcançou o Grau 3o na Maçonaria.

GARIBALDI, GIUSEPPE (1765-1815) - Patriota italiano. Iniciado em Itália. Ao chegar ao Rio de Janeiro em 1837, filia-se a uma Loja irregular de nome "Asilo da Virtude". Em 1844 filia-se a uma Loja regular do Grande Oriente do Uruguai "Les Amies de la Patrie". Em 1850 filia-se à Loja "Tompkins" No 471 de Nova Iorque. Em 1859 organiza e chefia a expedição militar "dos 1000" para a conquista das Sicílias, sob a inspiração do maçom Massini e planejada pelos maçons Cristi, Bertini e Lafarini, navios proporcionados pelo maçom Fauché, custos pelos maçons Lafarini e Buscaglione, sendo que a maioria dos oficiais e voluntários eram também maçons. A Grande Loja de Palermo o elege Grão Mestre "Ad Vitam". Em 1863 foi eleito Soberano Grande Comendador do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito de Palermo, e em 1964 foi eleito Grão Mestre do Grande Oriente D'Itália. Em 1872 é nomeado Grão Mestre Honorário "Ad Vitam" do Grande Oriente D'Itália. Em 1877 a Loja "Garibaldi" de Buenos Aires nomeia-o Venerável Mestre "Ad Vitam".

GEORGE II (1663-1760) - Rei da Inglaterra. Foi iniciado quando Príncipe de Gales em 1737, por Desaguliers, num castelo perto de Richmond. Foi o primeiro membro da Casa Real inglesa a ser aceito na Maçonaria Especulativa, iniciando uma tradição.

GEORGE II (1890-1947) - Rei da Grécia. Eleito em 1938 como Venerável Mestre da Loja "Mac Walwood" No 5143, Londres.

GEORGE VI (1895-1952) - Rei da Inglaterra. Iniciado na Loja "Navy"No 2612, Londres, em 2 de dezembro de 1919. Foi Venerável Mestre de sua Loja de 1921 até 1922. Primeiro Grão Vigilante da Grande Loja Unida da Inglaterra em 1923; em 1924 foi eleito Grão Mestre da Grande Loja de Middlessex. Instalou seu irmão carnal, o Duque de Kent, como Grão Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra em 1941.

GLENN JR, JOHN HERSCHEL(1921- ) - Astronauta norte-americano. Senador. Usando das prerrogativas dos Landmarks o Grão Mestre da Grande Loja de Ohio, fê-lo maçom sem a cerimônia de Iniciação.

GOETHE, JOHANN WOLFGANG (1749-1832) - Poeta alemão. Iniciado em 03 de junho de 1780 na Loja "Amália" de Weimar. Em 05 de dezembro de 1814 foi iniciado seu filho Auguste, para quem compôs um poema intitulado "Symbolum". Em 1781 é elevado a Companheiro e em 1783 exaltado a Mestre. Em 23 de junho de 1830 celebra seu Jubileu Maçônico, aos 81 anos de idade, na sua Loja Mãe. Jamais presidiu a Loja, sendo seu Orador nas sessões magnas.

GOMES, CARLOS (1836-1896) - Músico brasileiro. Iniciado aos 23 anos de idade na Loja "Amizade Universal", São Paulo, em 24 de junho, junto com seu irmão carnal José Pedro (Juca).

GRISSOM, VIRGIL L. (1926-1967) - Astronauta norte-americano. Pertencia à Loja "Mitchell", Indiana. Morto tragicamente no Cabo Kennedy, em 27 de janeiro de 1967 no incêndio acontecido na nave espacial Apollo.

GUILHERME I (1797-1888) - Imperador da Alemanha. Iniciado em 22 de maio de 1834 pelo Grão Mestre Conde Henckel von Donnersmark, na presença de outros Grandes Mestres das Grande Loja da Prússia. No mesmo ato declarou-se Protetor da Ordem e foi exaltado a Mestre das três Grandes Lojas.

GUILLOTIN, JOSÉ IGNACE (1738-1814) - Cientista francês. Membro da Loja "Les Neuf Soeurs", Paris, onde tinha o No 7 de Associados Livres com a seguinte anotação: "Irmão Guillotin, Doutor em Medicina, Presidente da Câmara de Províncias". Em 27 de outubro de 1775 foi eleito Venerável Mestre da Loja, depois de ter sido seu Orador. Foi também Venerável Mestre da Loja "Concórdia Fraternal", Paris. Fundador do Grande Oriente da França.

GUSTAV V (1838-1950 - Rei da Suécia. Celebrou seus 50 anos de Maçom em 13 de janeiro de 1927.

HANNEMANN, SAMUEL CHRISTIAN FREDERICO (1755-1842) - Médico alemão fundador da escola homeopática. Iniciado por Bruckental, que era Governador da Transilvânia, na Loja "São Andrés dos Três Lotos", cidade de Hermanstadt, em 1777. Filiou -se à Loja "Minerva" de Lipsia em 1817.

HARDY, OLIVER NORVELL (1892-1957) - Ator cômico norte-americano da famosa dupla "O Gordo e o Magro". Iniciado em 1913 na Loja "Salomão" No 20, Jackson, Florida. Quando residia em Hollywood freqüentava as Lojas locais com assiduidade.

HAYDN, FRANZ JOSEPH (1732-1809) - Compositor musical austríaco. Iniciado em 11 de fevereiro de 1785 na Loja "Zür Wahren Eintracht", Viena.

HELVETIUS, CLAUDE ARIEN (1715-1771) - Filósofo francês. Membro da Loja "Les Neuf Soeurs", Paris. Quando Voltaire foi iniciado nessa mesma Loja, estava revestido com o avental que pertenceu a Helvetius e que foi cedido para essa solene ocasião pela sua viúva. Emocionado, Voltaire, beijou-o.

HERDER, JOHANN GOTTFRIED von (1744-1803) - Poeta alemão. Iniciado em 1776 na Loja "Zum Schwert", Riga. Trabalhou para afastar da Maçonaria as teorias sobre a origem ancestral da Ordem; queria somente uma Instituição com fins humanitários.

JACOBI, FRIEDRICH HEINRICH (1743-1819) - Filósofo alemão. Membro da Loja "La Parfaite Amitié", Düsseldorf.

JEFFERSON, THOMAS (1743-1826) - 3o Presidente dos EEUU. Principal autor da Declaração da Independência junto com um seleto grupo de maçons.


JENNER, EDWARD (1749-1823) - Médico inglês, descobridor da vacina contra a varíola. Membro da Loja "Faith and Frienship" No 270, Berkeley, Inglaterra, sendo eleito Venerável Mestre da mesma de 1811 até 1813.

JUÁREZ GARCIA, BENITO (1806-1872) - Presidente do México, filho de índios zapotecas. Iniciado em 15 de janeiro de 1847 na Loja "Independência" No 2, Cidade de México. Colado no grau 33.

KIPLING, RUDYARD (1863-1936) - Poeta inglês. Prêmio Nobel de Literatura. Iniciado em 5 de abril de 1886, antes de completar 21 anos, na Loja "Hope and Perseverance" No 782, Lahore, Punjab, sob a Constituição Maçônica inglesa, tendo sido, pouco depois, eleito Secretário. Ao mudar de Lahore para Allahabed, filiou-se à Loja "Independence and Philanthropy" No 391, onde ficou até 1895. Na sua volta à\ Inglaterra filiou-se à Loja "Motherland" No 3861, Londres. Foi eleito ,membro honorário da Loja "Cannongate Kilwinning" No 2, Edimburgo, da qual o poeta Burrs era membro honorário. Obras maçônicas: O Homem que quis ser Rei, No interesse dos Irmãos, Um amigo da família, A Madona das trincheiras, e o poema Minha Loja Mãe.

KRAUSSE, KARL CHRISTIAN FRIEDRICH (1781-1832) - Filósofo alemão. Iniciado na Loja "Arquimedes", Altenburgo, em 1805; depois foi eleito Orador da Loja "Três Espadas". Autor de uma obra sobre os três mais antigos documentos maçônicos.

LACÉPÈDE, BERNARD GERMAIN ESTEVAN DELAVILLE, Conde de (1766-1825) Naturalista e músico francês. Membro da Loja "Lês Neuf Soeurs", Paris.

LA FAYETTE, MARIE JOSEPH PAUL ROCH YVES GILBERT DU MOTIER, Marques de ( 1757-1834) - Militar e político francês. Existem três versões sobre a data e local da sua iniciação: 1) no inverno de 1777, em Valley Forge, durante a campanha pela independência dos EEUU; 2) em 27 de dezembro de 1779, em uma Loja militar de Morriston, New Jersey, sendo Venerável Mestre George Washington; 3) em 1775 na Loja "La Candeur", Paris. Alcançou o grau 33. Seu filho George Washington La Fayette, também foi maçom na França.

LALANDE, JOSEPH JEROME DE (1732-1807) - Astrônomo francês. Fundador da Loja "Les Sciences" em 1769 e "Les Neuf Soeurs". Dirigiu a cerimônia de iniciação de Voltaire.

LAPLACE, PIERRE SIMON (1749-1827) - Astrônomo francês. Dignatário do Grande Oriente da França.

LA ROCHEFOUCAULD, FRANÇOIS VI Duque de (1613-1680) - Moralista e escritor francês. Membro da Loja "Les Neuf Soeurs", Paris.

LESSING, GOTTHOLD EPHRAIM (1729-1781) - Dramaturgo e crítico alemão. Iniciado em 1771 na Loja "Zu Den Drei Goldenen Rosen", Hamburgo. Obras maçônicas: Nathan, o Sábio; Ernest e Falk (um diálogo para maçons); A educação da Raça Humana.

LINDBERGH, CHARLES A. (1902-1974) - Aviador civil norte-americano, que foi o primeiro a fazer a travessia de avião sem escalas dos EEUU à Europa. Recebeu o grau de Mestre na Loja "Keystone" No 243, Saint Louis, em 15 de dezembro de 1926.

LIZT, FRANZ von (1811-1887) - Compositor húngaro. Iniciado em 18 de setembro de 1841 na Loja "Zür Einigkeit" (Igualdade), Frankfurt Zür Main. Filiado à Loja "União", Berlim, onde recebeu os graus 2 e 3.

LOUIS XVI (guilhotinado em 1793) - Rei da França. Iniciado junto com seus irmãos carnais, o Conde de Provence e o Conde de Artois. Manteve uma discreta polêmica com a Loja "Les Neuf Soeurs" ao não concordar com a homenagem fúnebre a Voltaire, porém sem abusar da sua autoridade.

MAC-ARTHUR, DOUGLAS (1880-1964) - Militar norte-americano. Iniciado em 17 de janeiro de 1936 pelo Grão Mestre das Grandes Lojas das Filipinas, Samuel R.Hawthorne, sem cerimônia de iniciação, usando das prerrogativas estabelecidas nos Landmarks. Seu pai, o Tenente-General Arthur Mac-Arthur, também era maçom. Reativou e modernizou a Maçonaria no Japão. Alcançou o grau 33.

MAISTRE, JOSEPH DE (1753-1821)-Filósofo e diplomata francês. Iniciado em 1773 na Loja "Les Trois Motiers", Chambery. Membro da Loja "La Sincerité", também de Chambery. Filiou-se ao Grande Oriente da França.

MARTI, JOSÉ (1853-1895) - Patriota e poeta cubano. Iniciado em 1872 da Loja "Armonia", No 52, Madri, dependente do Grande Oriente Lusitano Unido; na maçonaria cubana usava o nome simbólico de Anahuac. Ao final da sua vida ostentava as insígnias do grau 30, Cavaleiro Kadosch.

MENDELSSOHN, MOSES (1729-1786) - Filósofo alemão, avó do compositor Felix Mendelssohn. Membro do Rito Escocês, inspirou a Lessing, também maçom, a obra "Nathan, o Sábio".

MEUCCI, ANTONIO (1809-1899) - Patriota italiano, exiliado nos EEUU, idealizou o primeiro telefone, desenvolvido por Graham Bell, como suposto inventor. Meucci teve prioridade reconhecida pela Suprema Corte dos EEUU. Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito. Em 8 de agosto de 1888, presidiu uma Sessão de Iniciação na presença de um diplomata italiano por encargo do Grão Mestre do Grande Oriente D'Itália, Mariano Lemmi.

MICHELSON, ALBERT ABRAHAM (1852-1931) - Físico norte-americano, de origem alemã. Prêmio Nobel de Física, em 1907. Iniciado na Loja "Washington", No 21, New York, em 18 de agosto de 1874, sendo elevado em 31 de dezembro de 1875 e exaltado em 21 de janeiro de 1876.

MIRANDA E RODRÍGUEZ, FRANCISCO ANTONIO GABRIEL DE (1752-1816) Patriota venezuelano. Precursor da independência dos povos da América do Sul. Duas versões para sua iniciação: 1) em uma Loja de Madri; 2) na Loja "América", Virginia, por George Washington. Em 1797 funda em Londres a Loja "Grande Reunião Americana", Grafton Square, 27, Fitzroy Square, que fica perto de Piccadilly Circus. Nessa Loja, Miranda iniciou à grande maioria dos patriotas da América do Sul. Fundador, em Caracas, da primeira Loja maçônica.

MITRE, BARTOLOMÉ (1821-1906) - Presidente da Argentina. Ao terminar seu período entrego o mando supremo da nação ao futuro Presidente, Domingo Faustino Sarmiento, também maçom.

MONTESQUIEU, CHARLES LOUIS DE SECONDAT, Barão de la Brède e de (1869-1755) - Filósofo francês. Iniciado em maio de 1730 na Loja "Horn", Westminster.

MONTGOLFIER, Irmãos JOSEPH e ETIENNE. Inventores franceses, criadores do primeiro balão. Joseph (1740-1810) e Etienne (1745-1799), junto com Michel, irmão carnal, pertenceram à Loja "Les Neuf Soeurs", Paris.

MOZART, WOLFGANG JOHANN AMADEUS CHRISOSTOMUS (1756-1791) Músico austríaco. Mozart foi iniciado no outono de 1784, proposto por um amigo, Barão Otto von Gemmigen, na Loja vienesa "Zür Wohltätig Keit", que mais tarde passou a ser chamada "Zür Neugekroenen Hoffnung" (A nova Esperança Coroada). Na Loja "Zür Wahren Eintracht" sendo Venerável Mestre Ignaz von Born, criador da Maçonaria Especulativa na Áustria, foi iniciado Leopold Mozart, pai de Amadeus. Amadeus foi elevado a Companheiro em 27 de Dezembro de 1784; não temos a data da sua exaltação; foi um participante assíduo das reuniões maçônicas; nunca foi eleito Venerável Mestre.
Autor de numerosas obras musicais maçônicas, sendo as principais :
O Heilige Band (O laço sagrado)
Gessellenreise (Viagem do Companheiro) - 1785; supõe-se que foi escrita em homenagem ao Aumento de Salário de seu pai
Die Maurer Freude (A Alegria maçônica) - 1785; obra composta em homenagem ao Venerável Mestre Ignaz von Born
Maurerrische Trauermusik (Música fúnebre maçônica); homenagem a dois Irmãos falecidos, Georg August von Mechlenburg e Franz Esterhazy
Lied mit Dreistimmiger Chor und Orgelbeleitung (Canção para Coro a três vozes com acompanhamento de órgão) - 1785; obra composta para a abertura da Loja; o texto contém referências sobre a união das Lojas vienesas, acontecida em 1785, por édito de Joseph II
Dreistimmiger Chorgesang mit Orgelbegleitung (Coro a três vozes com acompanhamento de órgão) - 1785; obra composta para a mesma Loja anterior.
Eine Kliene Deutsche Kantate (Uma pequena canção alemã) - 1791; o autor do texto, maçom, solicitou a Mozart a música para cantar esta composição com os amigos.
Die Zauberflöete (A flauta mágica) - 1791; texto de Emmanuel Skikaneder, maçom. Foi chamada por Beethoven como "a primeira verdadeira ópera"
Eine Kleine Freimaurer Kantate (Uma pequena cantata franco-maçônica) - 1791; também o texto é de Skikaneder; foi composta para a inauguração do Templo da Loja "Zür Neugekroenten Hoffnung" e interpretada após a morte de Mozart em benefício de sua viúva e de seus filhos

NAPOLEÃO I BONAPARTE (1769-1821) - Imperador da França. A questão sobre se Napoleão foi ou não maçom tem sido motivo de muitas controvérsias e investigações dos historiadores maçônicos, sem se ter conseguido até agora, dar um parecer definitivo baseado em documentos autênticos ou irrefutáveis. Na Revista A Verdade (São Paulo) de novembro de 1985 lemos que, segundo a publicação "The New Age", Napoleão teria sido iniciado no Egito em 1795, sendo na ocasião Primeiro Cônsul. Na Revista Maçônica do Chile, novembro/dezembro de 1957, lemos que o avental maçônico de Napoleão e de seu irmão carnal Jerônimo, encontram-se no Museu de Malmaison. Há o fato sugestivo de que as personalidades mais importantes do círculo maçônico fossem maçons, por exemplo: dos 25 Marechais de Napoleão, 10 eram maçons: Angerau, Bernardotte, Berthier, Massena, Kellermann, Marmont, Murat, Ney, Oudinot e Mac Donald. No balaústre oficial de uma festa no Grande Oriente da França, no ano de 1805, cita-se um discurso que afirma que "Napoleão tinha solicitado e recebido a luz maçônica na sua campanha no Exército". Em 1807, numa Loja de Milão que tinha o nome da Imperatriz da França, levantou-se um brinde em honra de "Napoleão Irmão, Imperador e Rei". Nos arquivos do Grande Oriente D'Itália encontrou-se recentemente (conforme Revista Maçônica do Chile junho de 1939) uma Ata de Sessão especial de 13 de abril de 1811 em "celebração do nascimento do Príncipe de Roma, primogênito do ilustre Irmão Napoleão". Nas Lojas de Troyes e Grenoble, existem Atas de Sessões em que se faz referência ao irmão Napoleão.

NELSON, HORACE (1758-1805) - Marinheiro inglês; more na batalha de Trafalgar. Iniciado na Union Lodge No 331, York. Seu funeral foi seguido por toda a Loja York, No 256

OERSTED, HANS CHRISTIAN (1777-1851) - Físico dinamarquês. Iniciado na Loja Friedrich Zür Gehrönten Hoffnung, em 26 de janeiro de 1812; elevado em 16 de abril de 1812 e exaltado dois dias depois. Proclamado membro honorário dessa Loja e da Zorobabel Zum Nordsten, as duas de Copenhagen.

O'HIGGINS RIQUELME, BERNARDO (1776-1842) - Libertador do Chile. Iniciado por Miranda na Loja Grande Reunião Americana, Londres. Fundador de uma Loja Lautarina em Santiago.

OSCAR II (1829-1907) - Rei da Suécia e da Noruega. Iniciado em 07 de dezembro de 1848.

OSWALD, WILHEM (1853-1932) - Físico, químico e pensador alemão, Prêmio Nobel de Química em 1809. Em 1918 foi Grão Mestre Regulador dos Freimauerbundes Zür Aufgehenden Sonnemoister e em 1919 Grão Mestre.

PEDRO I (1798-1834) - Imperador do Brasil. Iniciado em 02 de agosto de 1822 na Loja Comércio e Artes do Grande Oriente do Brasil. No 05 de agosto do mesmo ano, em sessão extraordinária presidida pelo Primeiro Vigilante Gonçalves Ledo, é proposto e aprovado que seja exaltado a Mestre Maçom. Em 14 de setembro de 1822 sucede a José Bonifácio como o segundo Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil. Cansado das brigas políticas entre os membros da maçonaria divididos entre Gonçalves Ledo e José Bonifácio, Dom Pedro I suspende os trabalhos maçônicos em 25 de outubro de 1822.

PEDRO I, O GRANDE (1672-1725) - Imperador da Rússia. Foi iniciado por Sir Christopher Wren no Grau de São Andrés do Rito Escocês e prometeu estabelecer a Ordem na Rússia.

PROUDHON, JOSEPH (1809-1865) - Político e filósofo francês. Iniciado em 08 de janeiro de 1847 na Loja Sincerité, Parfaite Union et Constante Amitié Reunies, Besançon.

PEDRO III (1723-1762) - Imperador da Rússia. Em 1762 cedeu uma casa para as reuniões da Loja Constança e, pessoalmente, dirigia os trabalhos maçônicos em Graniembaum.

QUESNAY, FRANÇOIS (1694-1774 ) - Economista francês, fundador da Escola dos Fisiocratas. Membro da Loja Les Neuf Soeurs, Paris.

QUEZÓN, MANUEL L. (1878-1944) - Presidente das Filipinas. Grão Mestre da Grande Loja das Filipinas, deixou o cargo, publicamente, para obter o voto dos católicos.

RIZAL Y ALONSO, JOSÉ (1861-1896) - Mártir da Independência filipina. Iniciado em Paris em 1883, adotou o nome simbólico de Dimas Alens. Em 1883, pronuncia um belo discurso na Loja Solidariedade No 53, Madri. Em Hong-Kong fundou a Liga Filipinas, organização para-maçônica para lutar pela independência das Filipinas.

ROOSEVELT, FRANKLIN DELANO (1882-1945) - Presidente dos EEUU desde 1933 até a sua morte. Iniciado na Loja Holland No 8, New York, em 10 de outubro de 1911. Elevado em 14 de novembro de 1911. Obteve o grau 32 do Rito Escocês Antigo e Aceito em 28 de fevereiro de 1929, em Albany, capital do Estado de New York, sendo então Governador do Estado. Em 1933 (17 de fevereiro ou abril) confere o grau 3o a seu filho Elliot, na Loja Architect, No 519, New York, e, na mesma Loja assiste em 07 de novembro de 1934 ou 1935, a sessão de exaltação de seus filhos James e F.D.Roosevelt Jr. Foi membro ativo das seguintes instituições maçônicas:
Cypress Temple Sherine, Albany, N Y
Tripo Red Grotto, Pougkeepsie, NY
Greenwood Forest, Tall Cedards of Lebanon, Warficj, N Y
Membro Honorário da Loja Washington Centennial, No 4, Washington, colocando a Pedra Fundamental do Templo dessa Loja em 21 de novembro de 1919
Membro Honorário das seguintes Lojas: Architect No 519 (NY), Capital Forest No 104, Tall Cedards of Lebanon e da Almas Temple, Sherine, Washington.

ROOSEVELT, THEODOR (1858-1919) - 26o Presidente dos EEUU; pai de Franklin D. Roosevelt. Foi iniciado na Loja Matinecock, No 806, Oyster Bay, N Y, em 02 de janeiro de 1901.

SAN MARTIN MATORRAS, JOSÉ DE (1778-1850) - Libertador da Argentina, Chile e Peru. Teve intensa vida maçônica. Em 1908, incorpora-se a Loja Legalidade, Cádiz. Funda Lojas Lautarinas em Santiago (12 de março de 1817) e em várias cidades argentinas, sendo Venerável Mestre de várias delas. A primeira, fundada em sua chegada a Buenos Aires, em 1812, abrigou a Belgrano, Moreno, Pueyrredón, Blanco Encalada e outros patriotas argentinos.

SARMIENTO, DOMINGO FAUSTINO (1811-1888) - Escritor, educador e Presidente da Argentina. Ingressou em 27 de junho de 1854 na Loja União Fraternal, No 01, Valparaíso, Chile. Fundador e Orador da Loja Argentina União del Plata, No 01. Em 16 de julho de 1860 é colado no grau 33 junto com várias personalidades políticas argentinas. Eleito Grão Mestre da Grande Loja da Argentina para o período 1882-1885. Ao ser eleito Presidente da República se reincorpora à sua Loja União del Plata, em 1868.

SCHIRRA, WALTER (1923- ) - Astronauta norte-americano. Pertence a Loja Canaveral No 339, Cccoa Beach, Flórida.

SCOTT, WALTER (1771-1832) - Escritor inglês, autor de Ivanhoe. Iniciado em 02 de março de 1801 na Loja King David, No 36, Edinburgo.

SIBELIUS, JAN JULIUS (1865-1957) - Músico finlandês. Iniciado em Helsinki em 18 de agosto de 1922. membro ativo da maçonaria até a sua morte. Em 1927 compõe música ritual para os três graus simbólicos. Primeiro Membro Honorário da Loja Suomi, No 01, Helsinki.

STAFFORD, THOMAS P. (1930- ) - Astronauta norte-americano. Pertence a Loja Western Star, No 138, Weatherford, Oklahoma.

SUN-YAT-SEN (1866-1925) - Fundador e primeiro Presidente da República China. Venerável Mestre de uma Loja formada por chineses em San Francisco de Califórnia.

TRUMAN, HARRY S. (1884-1973) - Presidente dos EEUU na morte de Franklin D. Roosevelt. Iniciado na Loja Belton, No 450, em 09 de fevereiro de 1909; exaltado em 18 de março de 1909. Eleito Segundo Vigilante em 1910. Em 1911 ajuda a formar a Loja Grandview, No 618, sendo eleito Venerável Mestre dela. De 1925 até 1930 foi Deputado do Grão Mestre do Distrito e Conferencista do Distrito Maçônico No 59. Em 1930 foi Grão Guarda do Templo interior e em 1940, Grão Mestre da Grande Loja de Missouri.

VOLTAIRE, JEAN-MARIE AROUET conhecido como (1694-1778) - Escritor e filósofo francês. Em 07 de fevereiro de 1778, numa das cerimônias mais brilhantes da historia da maçonaria mundial, a Loja Les Neuf Soeurs, Paris, inicia ao octogenário Voltaire, que ingressa no Templo apoiado no braço de Benjamin Franklin, embaixador dos EEUU na França nessa data. A sessão foi dirigida pelo Venerável Mestre Lalande na presença de 250 irmãos. O venerável ancião, orgulho da Europa, foi revestido com o avental que pertenceu a Helvetius e que fora cedido, para a ocasião, pela sua viúva. Voltaire falece três meses depois.

WAGNER, RICHARD (1813-1883) - Compositor alemão. Seu padrastro ou seu pai, era membro da Loja Ferdinand Zür Glückseligkeit, Magdeburgo. Em repetidas oportunidades Wagner dirigiu concertos nessa Loja. Casou-se com Cosima, filha de Franz List, também maçom. Nas obras de Wagner existem freqüentes citações maçônicas. Wagner teria sido iniciado durante sua estadia em Bayreuth, mas isso não está devidamente confirmado.

WASHINGTON, GEORGE (1732-1799) - Libertador e primeiro Presidente dos EEU. Foi iniciado no 04 de novembro de 1752 tendo pago 02 libras e 03 shellings; na Loja No 04 de Frederiksburg recebe a elevação de grau em 03 de março de 1753 e é exaltado a Mestre em 04 de agosto de 1753. Presumivelmente foi o primeiro Venerável Mestre da Loja Alexandre No 22, Alexandria, pois seu nome aparece em primeiro lugar na lista da Comissão que recebeu a Carta Constitucional em 25 de abril de 1788. Prestou juramento como Presidente dos EEUU, ante o Ministro Livingston, que era Grão Mestre, sobre a Bíblia da Loja Saint John, de New York. Na cerimônia do lançamento da primeira pedra do Capitólio, apareceu com as insígnias de Venerável Mestre de Honra da sua Loja. Mackey afirma que Washington foi iniciado durante a guerra com a França na Loja Militar, No 227 do regimento 46.

WIELAND, CHRISTOPHER MARTIN (1733-1813) - Poeta alemão. Iniciado na Loja Amalia, Weimar, em 1809 aos 76 anos de idade.

WELLINGTON, ARTHUR Conde de (1769-1852) - General e político inglês. Seu pai, Goffret, Conde de Mornington, foi Grão Mestre da Grande Loja de Irlanda em 1776, e seu irmão carnal, o primeiro Marquês de Wellesley e segundo Conde de Mornington foi Grão Mestre da Irlanda em 1782. Arthur foi iniciado em 07 de dezembro de 1790 na Loja No 494, Trim, Irlanda, sendo Venerável Mestre, seu pai.

WILDE, OSCAR FINGALL O'FLAHERTIE WILLS (1856-1900) - Escritor ingles. Iniciado em 23 de fevereiro de 1875 e exaltado a Mestre em 25 de maio de 1875 na Loja Apollo University, No 357, Oxford. Revestido dos graus de Perfeição e Capitulares do 4o ao 18o em 27 de novembro de 1876.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

FOTOS LUIZ GONZAGA






























FOTOS GONZAGÃO

A ALQUIMIA E A MAÇONARIA - Parte III - Conclusão




De autoria do Ven. Irmão Lucas Francisco GALDEANO 
Venerável Mestre da Loja “Universitária-Verdade e Evolução” nº.3492 do Rito Moderno (2005-2007) ex-Venerável da Loja Miguel Archanjo Tolosa nº.2131 do R.E.A.A.(1991-1993) ex-Grande Secretário Geral de Educação e Cultura do Grande Oriente do Brasil (1993-2001) Presidente do Conselho Editorial do Jornal Egrégora -Órgão Oficial de Divulgação do Grande Oriente do Distrito Federal.



Conclusão: 
A Maçonaria e os maçons com as suas alegorias de construção, como ferramentas: trolha, esquadro, compasso, régua, maço, cinzel; materiais como tríplice argamassa, de forma alguma querem dar a entender que queiram construir algum prédio material - quando assim o querem contratam uma firma especializada - mas sim a construção de um Templo Espiritual à Divindade Maior, o Grande Arquiteto do Universo. É a procura do auto-conhecimento para purificar o ente de cada obreiro, e a partir daí construir a morada do Espírito Santo como falam os cristãos. Essa construção maçônica percorre vários patamares (Escada de Jacó) e à medida que o maçom vai galgando os seus degraus (os graus maçônicos) ele tem um compromisso com a Lei do Karma de estar mais santificado que no patamar anterior. Da mesma forma o alquimista no seu trabalho de manipulação das substâncias não quer dizer que ele queira conseguir ouro material. Alquimia é a ciência pela qual as coisas podem não ser decompostas e recompostas (como se faz em química), mas também sua natureza essencial pode ser transformada e elevada ao mais alto grau ou ser transmutada em outra. 
A química trata apenas da matéria morta, enquanto a Alquimia emprega a vida como fator. Todas as coisas têm natureza tríplice, da qual sua forma material e objetiva é sua manifestação inferior. Assim é que, por exemplo, há ouro espiritual, imaterial; ouro astral etéreo, fluído e invisível, e ouro terrestre, sólido, material e visível. Os dois primeiros são, digamos assim, o espírito e a alma do último e, empregando os poderes espirituais da alma, podemos produzir mudanças nele, a fim de que se, tornem visíveis no estado objetivo. 
Certas manifestações exteriores podem ajudar aos poderes da alma em sua operação. Porém, sem os segundos, as manipulações serão totalmente inúteis. Portanto, os procedimentos alquímicos podem ser utilizados com êxito unicamente por aquele que é o alquimista nato ou por educação. Sendo todas as coisas de natureza tríplice, a Alquimia também apresenta um aspecto triplo. No aspecto superior, ensina a regeneração do homem espiritual, a purificação da mente e da vontade, o enobrecimento de todas as faculdades anímicas. No aspecto mais inferior trata das substâncias físicas e, abandonando o reino da alma viva e desvenda matéria morta. Termina na química de nossos dias. A Alquimia é um exercício do poder mágico da livre vontade espiritual do homem e, por esta razão, pode ser praticada apenas por aqueles que renascem espiritualmente. 
Por último, passarei a palavra final aos alquimistas, ao citar, in toto, seu texto mais sagrado. A Tábua da Esmeralda de Hermes. Via-se esse texto “como uma espécie de revelação sobrenatural aos filhos de Hermes, feita pelo patrono e sua Divina Arte”. De acordo com a lenda, a tábua da Esmeralda foi encontrada no túmulo de Hermes Trismegistus, por Alexandre o Grande, ou, em outra versão, por Sara, a esposa de Abraão. A princípio, só se conhecia o texto em latim, mas, em 1923, Holmyard descobriu uma versão árabe. É provável que um texto anterior tenha sido escrito em grego e, segundo Jung tinha origem alexandrina. Os alquimistas o tratavam com veneração ímpar, gravando suas afirmativas nas paredes do laboratório e citando-o constantemente em seus trabalhos. Trata-se do epítome críptico da opus alquímica, uma receita para segunda criação do mundo,o unus mundus.


A TÁBUA DA ESMERALDA DE HERMES 

1  Verdadeiro, sem enganos, certo e digníssimo de crédito. 
2 Aquilo que está embaixo é igual àquilo que está em cima, e àquilo que está em cima é igual àquilo que está em baixo, para realizar os milagres de uma só coisa. 
3 E, assim como todas as coisas se originam de uma só, pela mediação dessa coisa, assim também todas as coisas vieram dessa coisa, por meio da adaptação. 
4  Seu pai é o sol; sua mãe, a lua; o vento a carregou em seu ventre; sua ama é a terra. 
5  Eis o pai de tudo, a complementação de todo o mundo. 
6  Sua força é completa se for voltada para dentro (ou na direção) da terra. 
7  Separa a terra do fogo, o sutil do denso, com delicadeza e com grande ingenuidade.
8  Ela ascendeu da terra para o céu, e desce outra vez para a terra, e recebe o poder do que está em cima e do que está embaixo. E, assim, terás a glória de todo o mundo. Desse modo, toda a treva fugirá de ti.
9  Eis o forte poder da força absoluta; porque ela vence toda coisa sutil e penetra todo sólido. 
10  E assim o mundo foi criado. 
11  Daqui as prodigiosas adaptações, à feição das quais ela é. 
12  E assim sou chamado HERMES TRISMEGISTUS, tendo as três partes da filosofia de todo o mundo. 
13  Aquilo que eu disse acerca da operação do sol está terminado. 
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