segunda-feira, 12 de março de 2012

Os 33 graus originais do Rito Escocês Antigo e Aceito



O primeiro conjunto de trinta e três graus do Rito Escocês Antigo e Aceito aparece, com algumas diferenças dos atuais, no conteúdo da Constituição redigida em 1º de maio de 1786.


O Rito Escocês Antigo e Aceito é uma prática ritualística estabelecida em 1802, nos Estados Unidos da América do Norte, com 33 graus, sendo 30 oriundos do Rito de Perfeição e do Rito Antigo e Aceito e 3 das Lojas azuis da maçonaria norte americana. O Rito de Perfeição foi criado em Paris, em 1758, com 25 graus, no Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente. O Rito Antigo e Aceito com 33 graus originou-se do Rito de Perfeição, em Bordéus, em 1786, no Conselho de Grandes Inspetores, que elaboraram a Constituição, os estatutos e regulamentos do Conselho e do rito.


Em breve resumo, o Rito de Perfeição atravessava um período de obscurecimento quando os 25 graus eram vendidos a quem pudesse e desejasse comprá-los. Em Charleston, 1783, Isaac da Costa, Deputado do Inspetor nomeado por Moisés Hayes, liderou campanha de combate à propaganda negativa desenvolvida contra a maçonaria. Dizia-se que era sustentada pelo dinheiro de judeus vinculados a empresas internacionais. Foi nesse período de sombras que nasceu, entre os maçons judeus, o mito do rei Frederico, o Grande, dentro da maçonaria. Os cinco judeus fundadores do Supremo Conselho do grau 33º do REAA, em Charleston, em 1801, - John Mitchell, Federico Dalcho, Emílio de la Motta, Abraham Alexandre e Isaac Auld -, anexaram os documentos constitucionais produzidos em 1786 à circular distribuída em 31 de maio de 1802 ao mundo maçônico, anunciando a criação do primeiro Supremo Conselho. A chamada Constituição de 1786 foi assim publicada, trazendo dezoito artigos e a assinatura de Frederico II. A apresentação do documento teve aparências para indicarem o rei da Prússia chefe do Conselho de Grandes Inspetores do rito, como as atas da Grande Loja de Perfeição de Nova York, fundada em 1767, em que constava a solicitação, a 3 de setembro de 1770, a remessa a Berlim dos relatórios das atividades da entidade.


Notícias complementares informaram que Frederico II, em seu leito de morte, tivera condições de ratificar a grande Constituição de 1786, cujo original estava redigido em francês. A vinculação da pessoa do rei Frederico, o Grande, com a Constituição de 1786, na opinião de analistas, foi intencional para valorizar a maçonaria na América e estancar a queda de credibilidade que a venda de graus provocara na Europa.


Apesar do testemunho da grande Constituição que dá o Rito Antigo e Aceito com 33 graus como definitivamente organizado em 1786, demonstrou-se também plenamente que isso se conheceu muito tempo depois dessa data. Esse documento assinado pelo rei Frederico II suscitou acaloradas discussões entre os defensores da autenticidade da assinatura e os céticos na participação do monarca prussiano na elaboração da grande Constituição de 1786. Os divergentes afirmam que Frederico não participou dos trabalhos ativos das Lojas nos seus últimos quinze anos de vida por ter a saúde debilitada. Além disso, Frederico mostrou-se intransigente opositor à prática dos chamados altos graus, os quais considerava o centro da corrupção na confraria maçônica na época. É inegável que o conjunto-base do sistema escocês antigo e seus trinta e três graus constam nos estatutos e regulamentos redigidos em Bordéus, em 1786, e cujo texto completo e oficial está no Recueil des Actes du Suprême Conseil de France,de Letier, Paris, 1832, assim como as constituições, estatutos e regulamentos para o Governo do Conselho de Grandes Inspetores, com a assinatura, legítima ou não, de Frederico, o Grande.
O conjunto do sistema de trinta e três graus de 1786 está listado a seguir:
1º - Aprendiz
2º - Companheiro
3º - Mestre
4º - Mestre Secreto
5º - Mestre Perfeito
6º - Secretário Íntimo
7º - Preboste e Juiz
8º - Intendente dos Edifícios
9º - Mestre Eleito dos Nove
10º - Mestre Eleito dos Quinze
11º - Sublime Cavaleiro Eleito
12º - Grande Mestre Arquiteto
13º - Real Arquiteto
14º - Grande Escocês
15º - Cavaleiro do Oriente ou da espada
16º - Grande Príncipe de Jerusalém
17º - Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
18º - Soberano Príncipe Rosa-cruz
19º - Grande Sacerdote ou Sublime Escocês
20º - Venerável Grão-Mestre ad-vitam
21º - Noaquita ou Cavaleiro Prussiano
22º - Príncipe do Líbano
23º - Chefe dos Tabernáculos
24º - Príncipe dos Tabernáculos
25º - Cavaleiro da Serpente de Aço
26º - Príncipe da Graça
27º - Grande Comendador do Templo
28º - Cavaleiro do Sol
29º - Escocês de Santo Antonio
30º - Cavaleiro Kadosch
31º - Grande Inquisidor Comendador
32º - Príncipe do Real Segredo
33º - Soberano Grande Inspetor Geral


Fonte: Oficina de Restauração do REAA

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A VERDADEIRA HISTÓRIA DOS PRIMÓRDIOS DA MAÇONARIA NO BRASIL



Infelizmente, história contada é história modificada. Isso porque a história é contada pelos sobreviventes e, via de regra, romanceada. E os maçons brasileiros, seres humanos como quaisquer outros, não fizeram diferente. Mas o compromisso maçônico da busca irrestrita e incessante da verdade faz com que alguns fatos, geralmente “esquecidos”, devam ser divulgados para que, pelo menos na Maçonaria, conheça-se a história real.
A história que quase todos os historiadores maçons contam é sempre a mesma e é mais ou menos assim: Em 1815, nove maçons fundaram Rio de Janeiro a Loja “Comércio e Artes”, a Loja Primaz do Brasil. Então, depois de alguns anos, em 1822, a Loja já contava com 94 membros, então resolveram dividir a Loja em três e fundar o Grande Oriente Brasileiro, primeira Obediência Maçônica no Brasil.
Na verdade, a Maçonaria brasileira não nasceu no Rio de Janeiro e nem tampouco lá foi o berço da primeira Obediência Maçônica. E, evidentemente, a Loja “Comércio e Artes” nunca foi a “Loja Primaz” do Brasil. Na verdade não foi nem a décima, quanto mais a primeira.
Apesar dos esforços de muitos autores maçons em negar isso, o pioneirismo maçônico brasileiro nasceu no Nordeste, mais precisamente na Bahia. A primeira cidade do Brasil também foi berço da primeira Loja Maçônica: “Cavaleiros da Luz”, fundada em 1797. Nada mais justo. Se quase tudo no Brasil começou lá, por que na Maçonaria seria diferente? O historiador e maçom Borges de Barros, que foi diretor do Arquivo Público da Bahia e relatou pela primeira vez a existência dessa Loja, ainda deu conta de que a Loja “Cavaleiros da Luz” foi a chama principal da Conjuração Baiana. Nada mal para os nossos pioneiros!
Mesmo com a dissolução dessa primeira Loja, com o passar dos anos a Maçonaria foi se desenvolvendo no fértil solo baiano: em 1802 surgiu a Loja “Virtude e Razão” que, depois de breve tempo adormecida, foi reerguida com o nome “Virtude e Razão Restaurada”, na mesma época em que, também de seu espólio, surgiu a Loja “Humanidade”. Ainda no Nordeste, não demorou para que a luz maçônica iluminasse, por influência da Bahia, o Estado de Pernambuco.
Sobre Pernambuco, é necessário aqui um comentário à parte:
Apesar de muitos escritores maçons assim desejarem, a “Areópago de Itambé” não era uma Loja Maçônica. No século XVIII existiam centenas de instituições criadas aos moldes da Maçonaria, usando símbolos iguais e similares, e até dividindo os graus em Aprendiz, Companheiro e Mestre como na Maçonaria. Era uma verdadeira “coqueluche” de Ordens, Clubes e Associações, e era muito comum os homens livres serem membros de duas ou mais dessas diferentes instituições, até mesmo no Brasil. Um exemplo disso é o “Apostolado”, da qual José Bonifácio, Gonçalves Ledo e D. Pedro I também faziam parte. Ser inspirada na Maçonaria não é o mesmo do que ser Loja Maçônica.  
Em 1809, atendendo às inúmeras Lojas que já existiam, foi fundado em Salvador o “Governo Supremo” ou simplesmente “Grande Oriente”, a PRIMEIRA Obediência Maçônica brasileira. Não era um “Grande Oriente da Bahia”, como os poucos historiadores maçons que o citam costumam se referir, pois era composto de, pelo menos, 09 Lojas: 03 na Bahia, 04 em Pernambuco e 02 no Rio de Janeiro. Maçons portugueses e brasileiros, muitos deles iniciados na França e Portugal, eram membros dessas Lojas. Tudo isso 06 anos antes da fundação da “Comércio e Artes” e 13 anos antes do GOB. Pernambuco, por contar com maior número de Lojas, ganhou em 1816 uma Grande Loja Provincial filiada ao “Governo Supremo”.
Interessante observar que mais uma vez a Maçonaria se fez presente na história: um dos responsáveis pela formação do Governo Supremo e tido como primeiro Grão-Mestre da Grande Loja Provincial de Pernambuco, Antônio Carlos de Andrada, foi o líder da Revolução Pernambucana, em 1817. Prova maior do papel decisório da Maçonaria no movimento é a lei régia de 1818 proibindo sociedades secretas no Brasil.
Antes que alguém tente justificar a constante omissão de tais fatos nas “versões oficiais” da Maçonaria brasileira por conta dessas Lojas e Obediência não terem sido regulares, é importante observar que a Loja “União”, fundada em 1800 no Rio de Janeiro e sempre presente nas versões históricas, também era irregular. Somente após a adesão de algumas autoridades públicas, ela foi “refundada”, aparentemente de forma regular, e teve seu nome modificado para Loja “Reunião”. Até mesmo a histórica Loja “Comércio e Artes” foi fundada sem Carta Constitutiva em 1815 e trabalhou de forma irregular até 1818, quando foi fechada. Somente quando de seu reerguimento, em 1821, a “Comércio e Artes” se filiou ao Grande Oriente Lusitano.  
Isso só nos mostra que a história da Maçonaria no Brasil é, muitas vezes, contada conforme a conveniência, omitindo os verdadeiros pioneiros em favor dos sobreviventes, ou lembrando deles quando se quer apontar a Maçonaria como protagonista das conjurações. Também é no mínimo intrigante como a Maçonaria esteve presente nos movimentos revolucionários baiano e pernambucano, mas tantos historiadores maçons e não-maçons fazem questão de negar sua participação na Inconfidência Mineira. Mas isso é tema pra outra ocasião.
O importante é reforçar que, antes de fundada uma Loja situacionista, a qual originou a Obediência que promoveu a independência sob a manutenção do imperialismo no Brasil, houveram várias outras Lojas e até Obediências oposicionistas, e muitos de seus membros morreram ou sofreram duras penas defendendo os princípios maçônicos de liberdade e democracia. E a Maçonaria brasileira de hoje tem o dever moral de honrar essa história.
Extraído do excelente site: http://www.noesquadro.com.br/

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

LIVROS E PALESTRA

LEONARDO DE CARVALHO CASTELO BRANCO
LEONARDO DE NOSSA SENHORA DAS DORES CASTELO BRANCO

UM PATRIOTA PIAUIENSE ESQUECIDO

                                                                        Pesquisa bibliográfica feita pelo advogado:

MANOEL FORTES DE CARVALHO

Teresina - Piauí
novembro-2005



terça-feira, 13 de setembro de 2011

Rito Escocês Antigo e Aceite

Rito Escocês Antigo e Aceite



A influência das Cruzadas devia fazer--se sentir, não só entre os artífices, mas ainda entre os nobres que também conheceram na Palestina novas formas de associações e, uma vez de volta à Europa, constituíram Ordens semelhantes às do Oriente, nas quais admitiram logo outros iniciados. É assim que em 1196 se fundou na Escócia a "Ordem dos Cavaleiros do Oriente", cujos membros tinham como ornamento uma cruz entrelaçada por quatro rosas.

Dizem que dessa Ordem, trazida da Terra Santa pelo ano de 1188 da Era Cristã, fez parte o rei Eduardo 1 de Inglaterra, (1239-1307).

Um século após a fundação da Ordem dos Cavaleiros do Oriente, ou seja pelo ano de 1300, em seguida à última Cruzada em que também tomara parte o rei de uma Ordem estabelecida no Monte Mona, na Palestina (lugar escolhido por Salomão para a construção do seu Templo), foi fundado um Capítulo dessa mesma Ordem, fixando-se-lhe a sede nas Hébridas e, mais tarde em Kilwinning, denominando-se essa Ordem de "Ordem de Heredon" (lembramos que a palavra "Heredon" é composta de "hieros"- santo e "domos"- casa, portanto Casa Santa ou Templo).

Alguns anos mais tarde, no começo do século XIV, o papa Clemente V e o rei da França, Felipe o Belo, iniciaram a sua obra nefasta de perseguição aos Templários.

Para se compreender o papel que a Ordem do Templo desempenhou na Maçonaria Escocesa é necessário resumir a sua história.

A Ordem do Templo foi fundada, após a primeira Cruzada, por Godofredo de Bouillon, Hugues de Payens e Godofredo de Saint-Ornar, com o fito de proteger os peregrinos que de Jerusalém se dirigiam ao lago de Tiberiade. Associados em 1118 a outros sete Cavaleiros, os Templários fizeram o seu quartel numa casa vizinha ao terreno do Templo de Jerusalém. Dez anos mais tarde receberam do Papa os estatutos que os constituíram em Ordem, ao mesmo tempo Religiosa e Militar.

Em breve a Ordem tomou um desenvolvimento considerável e no século XII, possuía nove mil residências na Europa. No século XIV, contava com mais de vinte mil membros. Apesar do seu poder e da sua riqueza, o mistério com que os Templários rodeavam as reuniões do seu Capítulo e as suas iniciações prestavam-se às acusações de impiedade e de crueldade que o povo em todos os tempos profere contra as associações secretas.

Consciente de uma impopularidade crescente, o Grão-Mestre Jacques de Molay, pediu ao papa Clemente V, em 1306, a abertura de um inquérito, mas este contentou-se a convidar Molay para ir a Avignon, em França, onde, por força de circunstâncias adversas estava provisoriamente instalado o papado.

Por outro lado o rei da França tinha mais do que nunca necessidade de dinheiro e, para resolver esta dificuldade, valia-se dos Templários que lhe emprestavam elevadas somas. Ora, naquele tempo, quando alguém se queria desembaraçar de uma dívida, o meio mais simples era desembaraçar-se do credor. Foi por isso que em Setembro de 1307 todos os oficiais do rei receberam instruções mais que misteriosas, sendo que a 12 de Setembro do mesmo ano Molay era preso no Templo, ao mesmo tempo que outros membros da Ordem também o eram, em todos os pontos de França. No mesmo dia foram todos levados perante inquisidores que os acusaram dos mais abomináveis crimes, e como não podiam confessar um crime que não haviam cometido, foram levados à tortura. Disse um deles aos seus juízes:

- Fui de tal modo torturado, atormentado, exposto à força, que as carnes dos meus calcanhares foram consumidas e os ossos caíram poucos dias depois.

O Rei, Felipe, o Belo, apressou-se em fazer mão baixa no tesouro da Ordem, depositado no Templo de Paris. O concílio que deveria julgar os Templários reuniu-se em Viena, no Delfinado, a 13 de Outubro de 1311, onde ninguém foi citado para defender-se. Porém, perante a resistência do concílio em julgar tal iniquidade, o Papa Clemente V, anulou a autoridade da Ordem do Templo em 12 de Abril de 1312, apesar dos concílios de Ravena, Salamanca e Moguncia terem absolvido os Templários, sendo estes levados à sua presença.

A supressão da Ordem dos Templários teve seu epílogo em 1313. O papa reservara para si o julgamento do Grão-Mestre e dos dignitários presos há sete anos nas masmorras de Felipe, o Belo. A 18 de Março de 1313 todos se retrataram e na noite daquele mesmo dia pereceram todos nas fogueiras que com antecedência haviam sido preparadas. Prevaleceu a força ao interesse sobre a justiça. A última frase de Jacques de Molay foi: — "Spes mea in Deo est". Esta frase tornou-se uma divisa para o Grau 32 do Rito Escocês Antigo e Aceite.

É muito provável que os sobreviventes da Ordem dos Templários, anatematizados pela igreja, tenham, então, procurado agrupar-se de novo noutras associações, sendo que não há razões plausíveis para aceitar como facto histórico ou de repelir a titulo de lenda, a tradição maçónica que liga a tradição que praticaram os Templários à Ordem Cavalheiresca de Heredom, ou ao Grande Capítulo de Kilwinning. Entretanto desde que começaram as perseguições em França, vários templários escaparam, por felicidade, fugindo para a Escócia, alistando-se sob a bandeira do Rei Roberto 1, que criou a 24 de Junho de 1334, a "Ordem do Cardo", em favor dos maçons e dos Templários que haviam contribuído para o sucesso de suas armas em Bannock-Bunn, na qual as iniciações eram semelhantes às da Ordem do Templo.

Parece pois que o rei da Inglaterra quis recompensar os Templários, restabelecendo a sua Ordem, com as mesmas formas, mas com outra designação. Há outro facto mais importante ainda ,um ano depois, Roberto I, fez a fusão da Ordem do Cardo com a Ordem de Heredom, elevou a Loja Mãe de Kilwinning à categoria de Loja Real e, estabeleceu, junto a ela, o Grande CN.,ítulo da Ordem Real de Heredon de Kilwinning e dos Cavaleiros Rosa-Cruz. Este nome de Cavaleiro Rosa-Cruz aparece aqui pela primeira vez, tudo fazendo supor, que não é senão outra designação da Ordem dos Cavaleiros do Oriente, cujo emblema era uma cruz enlaçada por quatro rosas. Estes factos históricos são de importância capital para o Escocismo e pedem mais atenção para o assunto.

Verificamos em primeiro lugar, que nos séculos XII e XIII, a Maçonaria Operativa viu abrigarem--se Ordens de Cavalaria nas suas Lojas, que nenhuma relação tinham com aquela associação de ofícios, e cujas iniciações, praticas, cerimónias e graus eram diferentes dos seus. Algumas dessas Ordens refugiavam-se na nova Ordem estabelecida pelo rei Roberto I, umas por si próprias, outras com o beneplácito dos reis de Inglaterra, que acumulavam dos mesmos favores maçons e cavaleiros em recompensa por serviços prestados à coroa, que os agrupava numa fraternidade, sobre a qual podia apoiar-se, em caso de necessidade.

Uma outra constatação importante para o Escocismo, é que os Templários entravam, desde 1307, nas Lojas da Escócia que estavam sob a égide da Ordem do Cardo, levando, não obstante, para ela, as cerimónias Templárias e os seus graus. Estes graus junto aos da Ordem de Cavalaria eram conferidos pelo Grande Capítulo Real de Heredom de Kilwinning, e formavam o sistema escocês, conhecido pelo nome de Rito de Heredonn ou de Perfeição. Pode, assim, explicar-se como, após a suspensão da Ordem do Templo, certas Ordens de Cavalaria, que haviam mantido a sua influência sobre a maçonaria operativa da Escócia, acharam o meio de desenvolverem o cerimonial das iniciações dos pedreiros, num ritual completo e susceptível de inculcar aos seus iniciados mais do que a simples comunicação dos segredos da arte de construir.

É também por essa época, ou seja mais de quatrocentos anos antes da constituição da Grande Loja da Inglaterra, que nasceu na Escócia o nome de Maçom Adoptado, pelo qual se entenderam os membros das Lojas que não pertenciam à profissão de pedreiros. Insistamos em que essa fusão da Maçonaria operativa com as Ordens da Cavalaria, se operou somente na Escócia e não em Inglaterra. Isto explica, portanto, a origem escocesa de graus diferentes dos que eram conferidos pela corporação dos pedreiros de outros países - aprendiz, companheiro e mestre. Enfim, ao realçar-se o papel político das Ordens da Cavalaria e das Lojas da Escócia, inteiramente devotados ao rei da Inglaterra, compreende-se, então, a fidelidade com que a Maçonaria Escocesa defendia a causa dos destronados.

Para terminar esta parte deste trabalho, é interessante indicar quais os graus que a Loja Real de Kilvvinning e seu Grande Capítulo de Heredon conferiam desde o seu estabelecimento. A própria Loja trabalhava com os graus da Maçonaria operativa, ou sejam Aprendiz, Companheiro e Mestre de ofício, mas convém notar que o Grau de Mestre não existia naquela época em que os mestres não eram senão os dirigentes das Oficinas, isto é das construções, cada qual em sua profissão.

Os demais graus inspirados pelos Rosa-Cruz, foram criados no começo do século XVIII, quando o Capítulo de Heredon conferia aos membros da Ordem dos Cavaleiros do Oriente ou da Ordem dos Cavaleiros Rosa-Cruz, e da Ordem do Cardo, ou do Templo, todos os graus dessas duas Ordens. Depois de se terem, assim, brevemente resumido as tradições da confraria dos pedreiros e estabelecido, em conformidade com as circunstâncias, as Ordens de Cavalaria que a elas se ligaram, convém determo-nos um instante na Ordem da Rosa-Cruz, que exerceu uma influência preponderante na transformação da Maçonaria Operativa na sua forma Simbólica, como a conhecemos hoje.

Poucos historiadores se ocuparam ainda da origem real da Rosa-Cruz, que entretanto desempenhou papel considerável nos séculos XVI e XVII. O motivo dessa abstenção, explica-se pela ausência da necessária documentação histórica que os Rosa-Cruz não se preocuparam em guardar, pois viveram espalhados pelo mundo então conhecido, reunindo-se uma vez por ano para transmitir uns aos outros, os conhecimentos adquiridos. Porém, estes conhecimentos foram sempre transmitidos oralmente.

A Conferência Internacional dos Cavaleiros Rosa-Cruz, realizada em Bruxelas em 1880, lançou felizmente uma nova luz sobre a história dessa Ordem. A princípio a conjuração dos Rosa-Cruz, não foi mais do que uma afirmação da liberdade de pensar.

Uma obra de apaziguamento e de tolerância. O que os Templários tinham querido fazer no seio da Igreja Romana, os Rosa-Cruz também tentaram realizar, ficando, porém, cautelosamente fora de qualquer afirmação confessional.

Só passados quase quinhentos anos, desde que os Templários sobreviventes do massacre ordenado por Clemente V se estabeleceram na Escócia, durante os quais o Escocismo se consolidou e se espalhou pela Europa, é que vamos encontrar os novos registos das mudanças estabelecidas no Escocismo tal o conhecemos hoje. É conveniente lembrar, que o poder directivo da Ordem não estava mais na Escócia, nem na França, mas sim na Prússia, onde Frederico 11, o seu rei, havia efectivado profundas modificações no Escocismo, fazendo vigorar a sua primeira Constituição, Regulamentos e Leis Normativas. Uma dessas mudanças foi a de dar ao Escocismo os actuais trinta e três graus, pois até então tinha somente vinte e cinco.

As grandes Constituições de 1786 não chegaram a alcançar imediatamente o fim a que se haviam pro-posto, e é fácil de determinar a causa. Três meses depois de serem publicadas, em 17 de Agosto de 1786, Frederico II, seu autor, morreu. Todos os que, com Frederico II, compuseram o primeiro Conselho da Ordem reestruturada, foram obrigados a dispersar-se, pressionados pelo novo rei Frederico Guilherme II, que só queria a Ordem Rosa-Cruz e que passou a não tolerar outra forma de Maçonaria. Deste modo, a reforma foi levada para França por um dos colaboradores de Frederico 11, o 'Conde D'Esterno, embaixador de França em Berlim e um dos signatários das Grandes Constituições.

D'Esterno, tentou introduzir, logo após o seu regresso, o Rito Escocês Antigo e Aceite no seu país, fundando para isso um Supremo Conselho, em Paris, em cuja presidência ficou o duque de Orleans e do qual tomaram parte ChaítIon de Joinville, o Conde de Clermont-Tonnerre e o Marquês de Bercy. Este Supremo Conselho teve vida efémera, sendo obrigado a desaparecer pelas circunstâncias revolucionárias que se estabeleceram em França.

Há um facto curioso a ser registado. O Escocismo, foi fundado na Europa, onde adormeceu, e voltou a funcionar mais tarde, tendo voltado da América de uma forma mais vigorosa e mais envolvente, pelas seguintes razões:

A 27 de Agosto de 1761, o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente entregou ao Irmão Estevão Morin, cujos negócios o chamavam à América, uma Patente de Grão-Mestre Inspector, autorizando--o a "Trabalhar regularmente pelo próprio proveito e adiantamento da Arte Real e constituir Irmãos nos Sublimes Graus de Perfeição". Morin, saindo de Paris, chegou a São Domingos onde instalou o seu gabinete, espécie de Grande Oriente para os Altos Graus no Novo Mundo. Em 1770, fundou o Conselho dos Príncipes do Real Segredo de Kingston, na Jamaica, criou muitos Inspectores Gerais, entre eles, Francken, De Grasse-Tilly, De Ia Hogue e Hacquest. Ora, esses Maçons da América, pertenciam ao Rito de Perfeição e mantinham relações assíduas com o Grande Consistório de Bordeaux. Mas, como já foi dito, este adormeceu em 1781. Desde então os novos Corpos de São Domingos e da Jamaica passaram a manter relações com Berlim até a morte de Frederico II, que era tido como o Grão-Mestre Universal. É provável, entretanto, que não podendo mais prevalecerem Actos Constitucionais emanados de uma autoridade desaparecida, aqueles maçons se tenham dirigido a Berlim, tendo em vista agruparem-se sob outro sistema ligando-se em definitivo ao Rito constituído pelas Grandes Constituições.

A 29 de Novembro de 1785, Salomão Bush, Grão--Mestre de todas as Lojas e Capítulos da América do Norte, dirige-se a Frederico 11 na sua qualidade de chefe supremo da Maçonaria para dar-lhe a conhecer a criação, na presença de uma grande assembleia de Irmãos, de uma "Sublime Loja" em Philadelphia, que "se submeteria às Leis e Constituições que a Ordem deve ao seu Chefe Soberano", e exprimir-lhe o desejo de que a "Grande Luz de Berlim condescenderá em iluminar a nova Loja". Os maçons da América trabalham, não obstante, até I 801 com o Rito de Perfeição, pois até aquela data o mais alto grau conhecido na América era o de Príncipe do Real Segredo, ou seja o Grau 25, na escala do Escocismo, antes da reforma estabelecido por Frederico II, que lhe acrescentou mais sete graus.

A 31 de Maio do mesmo ano foi constituída em Charleston uma nova Potência dirigente que adopta as Grandes Constituições de 1786 e os trinta e três Graus nelas estabelecidas. Essa Potência que tomou o nome de"Supremo Conselho dos Grande Inspectores Gerais para os Estados Unidos da América", foi realmente a primeira a concretizar de modo definitivo o objectivo das Grandes Constituições de Frederico II, ou seja, a primeira a praticar o Escocismo como é hoje conhecido. De Grasse-Tilly, era membro do Supremo Conselho de Charleston. Em 1802 voltou à Jamaica e fundou com De La Houge, naquela cidade, um Supremo Conselho de qual foi o Mui Poderoso Soberano Grande Comendador. Em 1803, De Grasse-Tilly regressou a França onde instalou em 22 de Setembro de 1804 um Supremo Conselho em Paris, com jurisdição internacional.

Assim o Rito Escocês Antigo e Aceite e o Escocismo, renasciam das suas cinzas em solo francês, de onde não mais saíram, e achavam-se definitivamente constituídos sobre as bases das Grandes Constituições. Foram sucessivamente fundados outros Supremos Conselhos em muitos países da Europa e na maior parte dos estados da América. Estes Supremos Conselhos formam hoje o Escocismo e o Rito Escocês Antigo e Aceite, que é o Rito maçónico mais praticado no mundo.

Vamos parar por aqui este relato, porque todos os acontecimentos posteriores a 1801 pertencem à história do Rito Escocês, em todas as suas formas, e o nosso propósito limita-se às suas origens.

O Rito Escocês Antigo e Aceite termina, assim, o período do seu estabelecimento, da sua organização, do número e dos nomes dos seus trinta e três graus e das regras que os regem. Contudo era ainda necessário, em suma, a fixação de um plano comum, que fosse finalmente considerado como definitivo.

Desde então a sua organização compreende uma série de seis grupos, a um tempo unidos e hierarquizados. A Loja Simbólica, a Loja de Perfeição, o Capítulo, o Conselho de Kadosch, o Consistório e o Supremo Conselho. O conjunto destes Corpos, forma uma Instituição na qual todos os elementos estão ligados entre si, e cujas categorias funcionam sem se contraporem umas às outras numa harmonia feliz pela integração de todos.

Todos esses Corpos constituídos, independentemente uns dos outros, têm uma organização específica e uma hierarquia interna, direitos e deveres apropriados que as leis e usos do rito determinam. Ora, essas leis não são mais do que leis de equilíbrio destinadas a assegurar o funcionamento da sociedade inteira em perfeita ordem e harmonia. O Rito Escocês Antigo e Aceite representa os maçons que desde 1717 consideraram como incompleto o sistema da Grande Loja da Inglaterra; os que, durante o século XVIII, procuraram organizar numa só série as iniciações que outrora eram praticadas nos colégios independentes.

Enfim, o Rito Escocês Antigo e Aceite resolveu definitivamente o problema que tinha por objectivo conservar na Maçonaria os ensinamentos filosóficos que, há séculos, se agruparam em torno do pensamento primitivo e simples, em que a Maçonaria está estabelecida. Cada iniciação evoca a lembrança de uma religião, de uma escola, ou de alguma instituição da antiguidade. Estão em primeiro lugar as doutrinas judaicas. Vêm em seguida os ensinamentos baseados no cristianismo e representados sobretudo pelos Rosa-Cruz, esses audazes naturalistas que foram os pais do método de observação e procura da verdade, de onde saiu a ciência moderna. Portanto, as iniciações do Escocismo reportam-se aos Templários, esses cavaleiros hospitalares e filósofos nos quais os maçons dos Altos Graus glorificam a liberdade do pensamento corajosamente praticada numa época de terrorismo sacerdotal. O tempo terminou a sua obra. Doravante a prosperidade da Ordem dependerá em cada país dos Irmãos que a conduzem e a inspiram. A fidelidade absoluta da parte de todos os maçons dos Altos Graus ao Estatuto Geral de cada Supremo Conselho e a convicção inquebrantável na excelência do Escocismo, são sem sombra de dúvida as condições necessárias para a perpetuação da Ordem, mas para esse desiderato é necessário que cada um de nós cumpra bem a sua parte.


- Trabalho colocado em observações próprias do autor e na conferência realizada no Subl.·. Capítulo L'Amitié (Amizade) em Lousanne em 5-5-1923 pelo Ir.·. Mourice Joton 300

domingo, 11 de setembro de 2011

Saiba qual o significado de alguns dos simbolos maçonicos

Saiba qual o significado de alguns dos simbolos maçonicos, como o compasso, esquadro, colunas, anel, cinzel, circulo, e outros
É importante lembrar que todos os símbolos mencionados não podem ser traduzidos em palavras e que cada palavra, por si só, já é um símbolo, que há de servir apenas de inspiração para a correta análise do simbolismo maçônico.
ACÁCIA (do grego Akakia, árvore que significa a inocência) representa a inocência ou pureza, a segurança e a certeza. Foi um ramo de acácia que os companheiros de Hiram Abiff encontraram no seu túmulo improvisado. Corresponde à murta de Elêusis, ao visco dos Druidas e ao buxo dos Cristãos.
AÇO símbolo da força
ÁGUA TOFANA símbolo do desprezo dado ao maçom que não cumpre o seu dever
ALAVANCA emblema da força moral, da perseverança, do poder da vontade; um dos instrumentos simbólicos, passivos, do grau de Companheiro, que deve ser associado à régua, instrumento ativo
AMPULHETA emblema do tempo e da morte
ÂNCORA emblema da esperança, uma das virtudes necessárias ao aperfeiçoamento
do homem e da estabilidade
ANEL emblema da aliança, do acordo firmado entre partes
ÂNGULO RETO símbolo da virtude e da conduta do bom maçon. A posição dos pés, estando à ordem, no grau de Aprendiz, é em ângulo reto e assim também deve ser o seu passo
ARCO-ÍRIS símbolo da aliança entre Deus e o homem
AVENTAL: elemento principal e essencial das insígnias maçônicas, símbolo do trabalho, tanto físico, como intelectual e moral. O avental é geralmente composto por um retângulo (alusivo à forma do Templo de Salomão), a que se sobrepõe uma abeta triangular. No 1º grau (Aprendiz), a abeta acha-se levantada, ao passo que em todos os demais
graus, ela se dobra para baixo. O rectângulo do avental pode também mudar de forma, nomeadamente para hexágono e para semicírculo. As suas dimensões, cores e decorações variam com os graus, as funções, os ritos, as obediências e a própria história.
AZEITE símbolo da paz, da caridade, da abundância e da fecundidade. Pode ser usado como combustível na iluminação das lojas, em vez das velas e dos círios
BALANÇA símbolo da Justiça
BILHA DE ÁGUA Simboliza a hospitalidade e a frugalidade que devem caracterizar o maçom
BOI símbolo da força e do trabalho
CHAVE símbolo da fidelidade e da discrição e, como tal, emblema do Tesoureiro de todas as lojas e ritos
CINZEL símbolo do discernimento e dos conhecimentos adquiridos mas, também, da força, da tenacidade e da perseverança. O seu uso representa, para o Aprendiz, o aperfeiçoamento e o conhecimento de si próprio. Representa o passivo, indissociado do malhete, o ativo
CÍRCULO símbolo da livre criação, do infinito e do universo, visto não ter começo nem fim e resultar apenas de um ponto central (o homem), que o traça utilizando um instrumento (o compasso) cujo raio é o limite dos seus conhecimentos, da sua iniciativa e da sua ousadia
COLMÉIA símbolo do trabalho coletivo e da solidariedade; como tal, simboliza o trabalho maçônico
COLUNAS J e B: símbolos dos limites do mundo criado, da vida e da morte, do elemento masculino e do elemento feminino, do ativo e do passivo, significam, respectivamente, Jokin e Bohaz
COMPASSO símbolo do espírito, do pensamento nas diversas formas de raciocínio, e também do relativo (círculo) dependente do ponto inicial (absoluto). Os círculos traçados com o compasso representam as lojas
CORAÇÃO símbolo do amor altruísta e da fidelidade
CORDA símbolo da humildade e da escravidão em que se encontra um candidato a determinado grau, até o receber
CORDÃO também chamado cordão nodoso e cordão do amor, corda com 12 nós e borlas nas extremidades, que se coloca em geral ao longo da parte superior de qualquer templo, junto ao tecto. Simboliza a união fraterna entre maçons, a cadeia de união que os liga indissoluvelmente. Os 12 nós aludem aos 12 signos do Zodíaco, haja vista que o cordão, delimitando e rodeando o templo, se interpreta também como a eclíptica desse mesmo universo. Simbolizam igualmente os marcos ou pilares que fazem conservar no seu lugar certo os elementos do templo e, por extensão, os componentes do universo
COROA símbolo da majestade, do poder, da glória e do triunfo.
CRUZ símbolo do cosmos, pela combinação do horizontal com o vertical e, por analogia, do próprio templo; do ponto de vista cristão, simboliza a imortalidade e a ressurreição; os quatro elementos (ar, água, fogo e terra)
CUBO isoladamente, o cubo simboliza a estabilidade; maçonicamente, simboliza, além disso, a obra-prima que o Aprendiz deve começar a preparar, trabalhando na pedra bruta e, portanto, a perfeição, a realização espiritual e de si mesmo. Associado à esfera, o cubo simboliza a totalidade das coisas, o universo, representando ele próprio a Terra. Associado à pirâmide quadrangular, o cubo simboliza a pedra por excelência
DELTA: triângulo luminoso, símbolo da força expandindo-se; distingue o Rito Escocês
ESFINGE Emblema do segredo maçônico e a quádrupla divisa exigida ao maçom "saber" (cabeça humana), "ousar" (garras de leão), "poder" (corpo de leão ou de touro) e "calar" (mutismo da expressão) - os quatro pilares do templo de Salomão
ESPIGA Símbolo da fecundidade e da universalidade do espírito, bem como da indestrutibilidade da vida
ESQUADRO: Resulta da união da linha vertical com a linha horizontal, é o símbolo da retidão e também da ação do Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo. Significa que devemos regular a nossa conduta e as nossas ações pela linha e pela régua maçônica. Emite a ideia inflexível da imparcialidade e precisão de carácter, simboliza a moralidade
FERRO símbolo dos trabalhos do mundo
FIO DE PRUMO tal como na Maçonaria operativa o fio de prumo serve para verificar a vertical correta de qualquer lugar, a na Maçonaria especulativa o fio de prumo simboliza a profundidade e a retidão do conhecimento, sem quaisquer desvios. E tal como, entre pedreiros, o fio de prumo, associado ao nível e ao esquadro, permite construir com perfeição um edifício, da mesma forma, entre os pedreiros-livres, aqueles objetos são indispensáveis à perfeição do indivíduo. O fio de prumo é o elemento ativo, de movimento e ação, que se associa ao nível, elemento passivo, de inércia e repouso
FLOR As principais flores usadas na simbologia maçônica são:
Flor (amarela) da acácia - emblema da imortalidade da alma e da luz, sendo os espinhos emblema dos raios do Sol
Cravo (vermelho) - emblema do Amor, muitas vezes oferecido pelos maçons às pessoas que amam
Rosa (vermelha) - mesmo significado do cravo vermelho; significa também paixão, dor e martírio
Rosa (combinada com a cruz) - símbolo do Homem-Deus que existe em cada homem
Rosa (branca) - emblema da alegria e pureza
Rosa (amarela) - emblema da união
Rosa (negra) - emblema do silêncio
Lis (vermelho) - emblema da realeza e da autoridade
FOGO símbolo que representa a fonte de energia necessária a qualquer grande obra, o amor profundo pelo próximo e o ardor ou entusiasmo por tudo o que é nobre e generoso. Na cerimônia da Iniciação, representa a purificação espiritual.
FOICE emblema do tempo e da morte.
GALO símbolo da ousadia e da vigilância, da representação do mercúrio
INCENSO símbolo da pureza de intenções, o incenso, ao lado de outros perfumes, pode utilizar-se em cerimonias variadas
LÁGRIMAS símbolo de luto e de tristeza
LÂMPADA símbolo de fonte de luz
LEÃO símbolo da força, do valor e do carácter
LUVAS emblema da pureza, quer no sentido lendário, de não participação no assassínio de Hiram, quer no sentido moral, de não participação nos vícios do mundo profano, as luvas brancas são um dos elementos do vestuário maçônico, usadas na maioria dos graus.
LUZ conhecimento que se recebe ao entrar na Maçonaria, quer do ponto de vista racional e moral, quer simbólico, e cuja intensidade aumenta à medida que se sobe na hierarquia dos graus. A luz maçônica opõe-se às trevas do mundo profano
MACHADO símbolo do poder, da vontade, da autoridade e da destruição da ignorância.
MALHETE pequeno martelo, emblema da vontade ativa, do trabalho e da força material; instrumento de direcção, poder e autoridade
NÍVEL ferramenta utilizada na Maçonaria operativa e, simbolicamente, pela Maçonaria especulativa também. Servindo para reconhecer se um plano é horizontal e sem acidentes, simboliza a igualdade social, indicando que os direitos dos homens são os mesmos
OLHO o olho inscrito no delta ou triângulo luminoso simboliza o Sol visível, fonte de luz e da vida; simboliza igualmente o Verbo, o princípio criador, a presença omnisciente de Deus, a omnisciência da razão superior, omnisciência do dever e da consciência. Corretamente desenhado, o olho não deve ser direito nem esquerdo, mas impessoal e abstrato
OLIVEIRA símbolo da vida e da prosperidade na paz vitoriosa
OSSOS emblema da morte, da degradação e da renúncia. Na Câmara de Reflexões, indicam ao futuro maçom que se deve desprender das ossadas terrenas, da putrefacção do túmulo, para nascer de novo
PÃO emblema do alimento do espírito (com sal), da hospitalidade e (com a água) da frugalidade, existente na Iniciação para meditação do candidato a maçom. Indica-lhe a simplicidade que deverá nortear a sua vida futura
PAVIMENTO EM MOSAICO chão em xadrez de quadrados pretos e brancos, com que devem ser revestidos os templos; símbolo da diversidade do globo e das raças, unidas pela Maçonaria; símbolo também da oposição dos contrários, bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas
PEDRA BRUTA símbolo das imperfeições do espírito do profano que o maçon deve procurar corrigir e, também, da juventude, caracterizada pelo domínio das paixões e dos impulsos, a pedra bruta apresenta-se como um bloco tosco de pedra colocado junto da coluna dos Aprendizes. A tarefa destes últimos consiste em desbastá-la até à conversão em pedra cúbica, isto é, em aperfeiçoarem o espírito e em saberem controlar as paixões
PEDRA CÚBICA símbolo da obra-prima que o Companheiro deve procurar realizar pelo aperfeiçoamento de si mesmo e o controle das paixões e dos impulsos, e também símbolo da idade madura, mais serena e calma, a pedra cúbica apresenta-se como um bloco de pedra bem talhada e polida, colocada junto à coluna dos companheiros. A sua forma termina, geralmente em pirâmide. Na pedra cúbica estão, muitas vezes, inscritos emblemas diversos da ciência
maçônica
PENTAGRAMA estrela pentagonal, também chamada pentalfa, é o emblema da natureza e do homem que nesta se insere. As cinco pontas iguais correspondem à cabeça e aos quatro membros do ser humano. Colocada na parede do Oriente das lojas simbólicas, por cima da cadeira do Venerável
POMBA emblema da força da natureza ou da virgindade
PONTE símbolo da livre passagem
PUNHAL instrumento de vingança simbólico contra os traidores
RAIOS os raios que saem do delta resplandecente simbolizam a glória divina ou, num sentido racionalista, a glória da razão e da verdade
RÉGUA Instrumento ativo, simboliza a retidão, a precisão na execução, o método, a lei justa, o aperfeiçoamento de toda a construção. Simboliza ainda o infinito, visto permitir traçar a linha reta, sem princípio nem fim. Associa-se à alavanca, instrumento passivo
SAL símbolo da hospitalidade, da ponderação e da estabilidade que devem caracterizar o maçom
SANGUE símbolo do sacrifício e da punição
SOL símbolo da luz, tanto física como espiritual e, também, da vida, da saúde, do equilíbrio, da força, do pólo activo. O Sol desempenha um papel de relevo na emblemática maçônica, estando presente na decoração das lojas, no painel do Aprendiz, na linguagem e no conteúdo dos rituais, na fixação das grandes festividades
TEMPLO simbolicamente, o templo é o objetivo da construção do maçom e do trabalho da Maçonaria. Representa, assim, o Homem perfeito, a Humanidade ideal do futuro e, por extensão, a paz, a harmonia, a liberdade, a igualdade e fraternidade, o bem, em suma, o conjunto de todas as virtudes maçônicas. Simultaneamente, microcosmo e macrocosmo, as dimensões do templo são infinitas: do ocidente ao oriente, do setentrião ao meio-dia, do nadir ao zênite
VINHO símbolo da inteligência

Saiba qual o significado de alguns dos simbolos maçonicos

Saiba qual o significado de alguns dos simbolos maçonicos, como o compasso, esquadro, colunas, anel, cinzel, circulo, e outros
É importante lembrar que todos os símbolos mencionados não podem ser traduzidos em palavras e que cada palavra, por si só, já é um símbolo, que há de servir apenas de inspiração para a correta análise do simbolismo maçônico.
ACÁCIA (do grego Akakia, árvore que significa a inocência) representa a inocência ou pureza, a segurança e a certeza. Foi um ramo de acácia que os companheiros de Hiram Abiff encontraram no seu túmulo improvisado. Corresponde à murta de Elêusis, ao visco dos Druidas e ao buxo dos Cristãos.
AÇO símbolo da força
ÁGUA TOFANA símbolo do desprezo dado ao maçom que não cumpre o seu dever
ALAVANCA emblema da força moral, da perseverança, do poder da vontade; um dos instrumentos simbólicos, passivos, do grau de Companheiro, que deve ser associado à régua, instrumento ativo
AMPULHETA emblema do tempo e da morte
ÂNCORA emblema da esperança, uma das virtudes necessárias ao aperfeiçoamento
do homem e da estabilidade
ANEL emblema da aliança, do acordo firmado entre partes
ÂNGULO RETO símbolo da virtude e da conduta do bom maçon. A posição dos pés, estando à ordem, no grau de Aprendiz, é em ângulo reto e assim também deve ser o seu passo
ARCO-ÍRIS símbolo da aliança entre Deus e o homem
AVENTAL: elemento principal e essencial das insígnias maçônicas, símbolo do trabalho, tanto físico, como intelectual e moral. O avental é geralmente composto por um retângulo (alusivo à forma do Templo de Salomão), a que se sobrepõe uma abeta triangular. No 1º grau (Aprendiz), a abeta acha-se levantada, ao passo que em todos os demais
graus, ela se dobra para baixo. O rectângulo do avental pode também mudar de forma, nomeadamente para hexágono e para semicírculo. As suas dimensões, cores e decorações variam com os graus, as funções, os ritos, as obediências e a própria história.
AZEITE símbolo da paz, da caridade, da abundância e da fecundidade. Pode ser usado como combustível na iluminação das lojas, em vez das velas e dos círios
BALANÇA símbolo da Justiça
BILHA DE ÁGUA Simboliza a hospitalidade e a frugalidade que devem caracterizar o maçom
BOI símbolo da força e do trabalho
CHAVE símbolo da fidelidade e da discrição e, como tal, emblema do Tesoureiro de todas as lojas e ritos
CINZEL símbolo do discernimento e dos conhecimentos adquiridos mas, também, da força, da tenacidade e da perseverança. O seu uso representa, para o Aprendiz, o aperfeiçoamento e o conhecimento de si próprio. Representa o passivo, indissociado do malhete, o ativo
CÍRCULO símbolo da livre criação, do infinito e do universo, visto não ter começo nem fim e resultar apenas de um ponto central (o homem), que o traça utilizando um instrumento (o compasso) cujo raio é o limite dos seus conhecimentos, da sua iniciativa e da sua ousadia
COLMÉIA símbolo do trabalho coletivo e da solidariedade; como tal, simboliza o trabalho maçônico
COLUNAS J e B: símbolos dos limites do mundo criado, da vida e da morte, do elemento masculino e do elemento feminino, do ativo e do passivo, significam, respectivamente, Jokin e Bohaz
COMPASSO símbolo do espírito, do pensamento nas diversas formas de raciocínio, e também do relativo (círculo) dependente do ponto inicial (absoluto). Os círculos traçados com o compasso representam as lojas
CORAÇÃO símbolo do amor altruísta e da fidelidade
CORDA símbolo da humildade e da escravidão em que se encontra um candidato a determinado grau, até o receber
CORDÃO também chamado cordão nodoso e cordão do amor, corda com 12 nós e borlas nas extremidades, que se coloca em geral ao longo da parte superior de qualquer templo, junto ao tecto. Simboliza a união fraterna entre maçons, a cadeia de união que os liga indissoluvelmente. Os 12 nós aludem aos 12 signos do Zodíaco, haja vista que o cordão, delimitando e rodeando o templo, se interpreta também como a eclíptica desse mesmo universo. Simbolizam igualmente os marcos ou pilares que fazem conservar no seu lugar certo os elementos do templo e, por extensão, os componentes do universo
COROA símbolo da majestade, do poder, da glória e do triunfo.
CRUZ símbolo do cosmos, pela combinação do horizontal com o vertical e, por analogia, do próprio templo; do ponto de vista cristão, simboliza a imortalidade e a ressurreição; os quatro elementos (ar, água, fogo e terra)
CUBO isoladamente, o cubo simboliza a estabilidade; maçonicamente, simboliza, além disso, a obra-prima que o Aprendiz deve começar a preparar, trabalhando na pedra bruta e, portanto, a perfeição, a realização espiritual e de si mesmo. Associado à esfera, o cubo simboliza a totalidade das coisas, o universo, representando ele próprio a Terra. Associado à pirâmide quadrangular, o cubo simboliza a pedra por excelência
DELTA: triângulo luminoso, símbolo da força expandindo-se; distingue o Rito Escocês
ESFINGE Emblema do segredo maçônico e a quádrupla divisa exigida ao maçom "saber" (cabeça humana), "ousar" (garras de leão), "poder" (corpo de leão ou de touro) e "calar" (mutismo da expressão) - os quatro pilares do templo de Salomão
ESPIGA Símbolo da fecundidade e da universalidade do espírito, bem como da indestrutibilidade da vida
ESQUADRO: Resulta da união da linha vertical com a linha horizontal, é o símbolo da retidão e também da ação do Homem sobre a matéria e da ação do Homem sobre si mesmo. Significa que devemos regular a nossa conduta e as nossas ações pela linha e pela régua maçônica. Emite a ideia inflexível da imparcialidade e precisão de carácter, simboliza a moralidade
FERRO símbolo dos trabalhos do mundo
FIO DE PRUMO tal como na Maçonaria operativa o fio de prumo serve para verificar a vertical correta de qualquer lugar, a na Maçonaria especulativa o fio de prumo simboliza a profundidade e a retidão do conhecimento, sem quaisquer desvios. E tal como, entre pedreiros, o fio de prumo, associado ao nível e ao esquadro, permite construir com perfeição um edifício, da mesma forma, entre os pedreiros-livres, aqueles objetos são indispensáveis à perfeição do indivíduo. O fio de prumo é o elemento ativo, de movimento e ação, que se associa ao nível, elemento passivo, de inércia e repouso
FLOR As principais flores usadas na simbologia maçônica são:
Flor (amarela) da acácia - emblema da imortalidade da alma e da luz, sendo os espinhos emblema dos raios do Sol
Cravo (vermelho) - emblema do Amor, muitas vezes oferecido pelos maçons às pessoas que amam
Rosa (vermelha) - mesmo significado do cravo vermelho; significa também paixão, dor e martírio
Rosa (combinada com a cruz) - símbolo do Homem-Deus que existe em cada homem
Rosa (branca) - emblema da alegria e pureza
Rosa (amarela) - emblema da união
Rosa (negra) - emblema do silêncio
Lis (vermelho) - emblema da realeza e da autoridade
FOGO símbolo que representa a fonte de energia necessária a qualquer grande obra, o amor profundo pelo próximo e o ardor ou entusiasmo por tudo o que é nobre e generoso. Na cerimônia da Iniciação, representa a purificação espiritual.
FOICE emblema do tempo e da morte.
GALO símbolo da ousadia e da vigilância, da representação do mercúrio
INCENSO símbolo da pureza de intenções, o incenso, ao lado de outros perfumes, pode utilizar-se em cerimonias variadas
LÁGRIMAS símbolo de luto e de tristeza
LÂMPADA símbolo de fonte de luz
LEÃO símbolo da força, do valor e do carácter
LUVAS emblema da pureza, quer no sentido lendário, de não participação no assassínio de Hiram, quer no sentido moral, de não participação nos vícios do mundo profano, as luvas brancas são um dos elementos do vestuário maçônico, usadas na maioria dos graus.
LUZ conhecimento que se recebe ao entrar na Maçonaria, quer do ponto de vista racional e moral, quer simbólico, e cuja intensidade aumenta à medida que se sobe na hierarquia dos graus. A luz maçônica opõe-se às trevas do mundo profano
MACHADO símbolo do poder, da vontade, da autoridade e da destruição da ignorância.
MALHETE pequeno martelo, emblema da vontade ativa, do trabalho e da força material; instrumento de direcção, poder e autoridade
NÍVEL ferramenta utilizada na Maçonaria operativa e, simbolicamente, pela Maçonaria especulativa também. Servindo para reconhecer se um plano é horizontal e sem acidentes, simboliza a igualdade social, indicando que os direitos dos homens são os mesmos
OLHO o olho inscrito no delta ou triângulo luminoso simboliza o Sol visível, fonte de luz e da vida; simboliza igualmente o Verbo, o princípio criador, a presença omnisciente de Deus, a omnisciência da razão superior, omnisciência do dever e da consciência. Corretamente desenhado, o olho não deve ser direito nem esquerdo, mas impessoal e abstrato
OLIVEIRA símbolo da vida e da prosperidade na paz vitoriosa
OSSOS emblema da morte, da degradação e da renúncia. Na Câmara de Reflexões, indicam ao futuro maçom que se deve desprender das ossadas terrenas, da putrefacção do túmulo, para nascer de novo
PÃO emblema do alimento do espírito (com sal), da hospitalidade e (com a água) da frugalidade, existente na Iniciação para meditação do candidato a maçom. Indica-lhe a simplicidade que deverá nortear a sua vida futura
PAVIMENTO EM MOSAICO chão em xadrez de quadrados pretos e brancos, com que devem ser revestidos os templos; símbolo da diversidade do globo e das raças, unidas pela Maçonaria; símbolo também da oposição dos contrários, bem e mal, espírito e corpo, luz e trevas
PEDRA BRUTA símbolo das imperfeições do espírito do profano que o maçon deve procurar corrigir e, também, da juventude, caracterizada pelo domínio das paixões e dos impulsos, a pedra bruta apresenta-se como um bloco tosco de pedra colocado junto da coluna dos Aprendizes. A tarefa destes últimos consiste em desbastá-la até à conversão em pedra cúbica, isto é, em aperfeiçoarem o espírito e em saberem controlar as paixões
PEDRA CÚBICA símbolo da obra-prima que o Companheiro deve procurar realizar pelo aperfeiçoamento de si mesmo e o controle das paixões e dos impulsos, e também símbolo da idade madura, mais serena e calma, a pedra cúbica apresenta-se como um bloco de pedra bem talhada e polida, colocada junto à coluna dos companheiros. A sua forma termina, geralmente em pirâmide. Na pedra cúbica estão, muitas vezes, inscritos emblemas diversos da ciência
maçônica
PENTAGRAMA estrela pentagonal, também chamada pentalfa, é o emblema da natureza e do homem que nesta se insere. As cinco pontas iguais correspondem à cabeça e aos quatro membros do ser humano. Colocada na parede do Oriente das lojas simbólicas, por cima da cadeira do Venerável
POMBA emblema da força da natureza ou da virgindade
PONTE símbolo da livre passagem
PUNHAL instrumento de vingança simbólico contra os traidores
RAIOS os raios que saem do delta resplandecente simbolizam a glória divina ou, num sentido racionalista, a glória da razão e da verdade
RÉGUA Instrumento ativo, simboliza a retidão, a precisão na execução, o método, a lei justa, o aperfeiçoamento de toda a construção. Simboliza ainda o infinito, visto permitir traçar a linha reta, sem princípio nem fim. Associa-se à alavanca, instrumento passivo
SAL símbolo da hospitalidade, da ponderação e da estabilidade que devem caracterizar o maçom
SANGUE símbolo do sacrifício e da punição
SOL símbolo da luz, tanto física como espiritual e, também, da vida, da saúde, do equilíbrio, da força, do pólo activo. O Sol desempenha um papel de relevo na emblemática maçônica, estando presente na decoração das lojas, no painel do Aprendiz, na linguagem e no conteúdo dos rituais, na fixação das grandes festividades
TEMPLO simbolicamente, o templo é o objetivo da construção do maçom e do trabalho da Maçonaria. Representa, assim, o Homem perfeito, a Humanidade ideal do futuro e, por extensão, a paz, a harmonia, a liberdade, a igualdade e fraternidade, o bem, em suma, o conjunto de todas as virtudes maçônicas. Simultaneamente, microcosmo e macrocosmo, as dimensões do templo são infinitas: do ocidente ao oriente, do setentrião ao meio-dia, do nadir ao zênite
VINHO símbolo da inteligência

quinta-feira, 2 de junho de 2011

4 Motivos Para Não Ser Maçom

1. Influência política - Poder

Ao contrário do que muitos pensam, a Maçonaria - pelo menos a maçonaria Regular; e, mesmo quanto à Maçonaria Liberal, acho que são mais as vozes do que as nozes... - não tem mais influência junto do Poder Político do que qualquer outra instituição social. A única influência que a Maçonaria pode exercer é apenas de ordem moral, pelo exemplo dos seus membros através da aplicação dos seus princípios. Engana-se quem pensa que. ao juntar-se à Maçonaria, terá acesso aos corredores do Poder...
Aliás, uma das coisas de que o maçon rapidamente se dá conta,dentro da Ordem, é que é muito mais abrangente a ilusão do Poder, do que este propriamente dito. Ao menos em ambiente democrático, cada um exerce apenas o Poder que os demais lhe reconhecem e admitem que exerçam.
Em Loja, o detentor do Poder, o condutor, o decisor, o que detém os símbolos do Poder é o Venerável Mestre. Pois bem: como todos os que já se sentaram na Cadeira de Salomão rapidamente verificaram, a função de Venerável Mestre é aquela em que, afinal, não se tem mais direitos do que o mais recente Aprendiz e se tem mais deveres do que os restantes Mestres.
Portanto, quem busca o perfume do Poder, procure-o noutro lado, não na Maçonaria. Aqui apenas aprenderá o cumprimento dos seus deveres.

2. Influência económica - negócios e dinheiro

Quem pensar que a entrada na Maçonaria é uma porta aberta para obter contactos e negócios e o propiciar de condições para "subir na vida", pense outra vez, e pense melhor! Se for este o motivo que o faz desejar entrar na Maçonaria, poupe-se ao trabalho e às despesas. Dentro da Maçonaria fará os mesmos negócios que faria fora dela. O que todos lhe pedirão na maçonaria é que dê algo de si em prol dos outros. Dos demais receberá o que efectivamente necessite e os demais lhe possam dar, não o que deseje ou egoisticamente pense que lhe convenha. Os negócios da Maçonaria são de índole moral e espiritual. Quem deseje entrar no Templo tem que deixar os seus metais à porta deste.

3. Influência social - honrarias e reconhecimento

Na Maçonaria usam-se aventais e colares e jóias, é verdade. Mas o maçon considera tudo isso como meros penduricalhos. A única diferença entre o mais rico, bonito, bordado e colorido avental de Grande Oficial ou de Altos Graus e o simples avental branco de Aprendiz é que quem usa aquele pagou bem mais caro por ele do que o que usa este. Aliás, de todos os aventais que um maçon possa possuir, aquele que para ele tem significado é precisamente o primeiro, o mais simples, o avental branco de aprendiz. Esse é o que qualquer maçon, qualquer que seja o seu grau ou qualidade, pode sempre usar e simbolicamente deve sempre usar. Esse é o adorno que o maçon deve cuidar de manter sempre alvo e puro e, portanto, nunca conspurcado por acções censuráveis ou indignas.
O maçon gosta de usar a jóia de sua Loja, não porque seja bela ou valiosa, mas apenas e tão só porque é um dos símbolos de sua Loja e o seu uso demonstra a todos os seus Irmãos o grupo fraterno em que se integra.
O maçon usa colar quando exerce uma função, não porque lhe fique bem, mas apenas e tão só como distintivo de que a está exercendo. Em bom rigor não é o maçon que usa o colar; é o colar de função que usa o maçon...
Nem na sociedade profana o estatuto de maçon atribui qualquer privilégio que não o reconhecimento das eventuais qualidades de quem o seja, nem no interior da Maçonaria o estatuto social, profissional, académico ou de fortuna diferencia um maçon de outro; o mais jovem aprendiz só tem uma maneira de se dirigir ao Muito Respeitável Grão-Mestre (apesar de formalmente lhe dar este tratamento): "meu Irmão"! E é esse mesmo o tratamento que recebe do Grão-Mestre.
Assim, aquele que porventura sonhe ser a maçonaria um local ideal para obter ou reforçar reconhecimento social, não se engane a ele, nem engane os maçons: abstenha-se de pretender ser maçon!

4. Beneficência - ajuda ao próximo

O bem intencionado que porventura procure na Maçonaria o instrumento para dar largas ao seu anseio de ajudar o próximo, de ser beneficente, se é essa a principal razão que o move, se é isso que vê na Maçonaria, também está enganado.
Não que a Solidariedade e a Beneficência não sejam prosseguidas pela Maçonaria. Claro que o são. Mas não é essa a razão de existir da Maçonaria. Não é por causa da Solidariedade e da Beneficência que a Maçonaria existe. A Solidariedade e a Beneficência são simples consequências de se ser maçon.
Em linguagem de "economês", por muito praticadas que sejam, a Solidariedade e a Beneficência não fazem, no entanto, parte do "core business" (essência) da Maçonaria.
Em linguagem de "industrialês", por muito importantes que sejam, a Solidariedade e a Beneficência são simples subprodutos da Maçonaria.
Portanto, se são a Solidariedade e a Beneficência que atraem o bem intencionado, e nada mais, e não essencialmente algo mais, então o melhor que o bem intencionado tem a fazer é dar largas ao seu anseio através de outras organizações especialmente vocacionadas para isso. A Ajuda de Berço é uma boa opção. A Cruz Vermelha, também. Os Bombeiros, idem. O Banco Alimentar contra a Fome, a mesma coisa. E muitas mais organizações há que têm na Solidariedade e na beneficência a sua razão de ser. E , mesmo sem se juntar a qualquer organização, certamente na sua rua ou na sua localidade encontrará alguém que necessita da sua ajuda. Dê-lha!
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